sexta-feira, 1 de abril de 2011
OBRAS DA COPA
O problema das obras públicas sempre foi a escassez de recursos.
Sempre se reclamou que faltava algo e por isso as obras atrasavam.
Em Mato Grosso e acredito que na maioria dos Estados onde serão sediados jogos das Copa 2014, a coisa está complicada.
Há pouco tempo se descobriu que no Mato Grosso ocorre um período de chuvas e pelo desconhecimento desse acontecimento da natureza não houve a preocupação de se desenvolver outras atividades, enquanto se espera as melhores condições para desenvolver edificações.
Para se ter uma idéia os corredores que serão responsáveis pela mobilidade nos dias da Copa já são sabidos desde que Paschoal Moreira Cabral chegou ao Estado e, no entanto, não houve negociação, indenização e planejamento para que comerciantes, moradores dessas regiões pudessem se organizar e projetar suas atividades.
Estão esperando o que para começar o processo de negociação?
Afora isso, cadê o planejamento para o desenvolvimento do esporte ou acham que apenas uma oportunidade de ganhar dinheiro e que se danem os demais?
O que está mudando na vida de crianças e adolescentes a vinda da Copa do Mundo?
Planejamento esportivo parece que é nota zero, até porque o Governador do Estado não confiou a pasta a nenhum profissional de educação física, sinal que a confiança dele na capacidade destes é nula. Mas, se não confia, então deve ter outros mais qualificados e é justa a cobrança por um planejamento e não mera distribuição de ajuda para realizar competições.
Queremos saber como serão utilizados esses espaços depois da Copa?
Casa de shows?
E, sejamos realistas, as poucas vezes que o antigo estádio ficou lotado foi em evento religioso.
Por várias coisas, calendário esportivo equivocado, clubes que não realizam trabalho com qualidade, atletas que não se apresentam como deveriam, enfim, o espetáculo é pouco convidativo.
Por isso também, não existe patrocínio e vivem da dependência da subvenção do governo.
Há quem diga que isso é profissional.
Certamente, porque que não existe planejamento para desenvolver cultura esportiva, formação e gerenciamento.
Pode ser que aflore um talento aqui outro lá, mas muitas jóias estão sendo perdidas pela falta de oportunidade.
Nem o ouro nasce pronto, é preciso lapidar.
É preciso técnica.
Mas, enquanto o Governo do Estado escolhe alguém de outra área para dirigir a Secretaria de Esportes, talvez receba o laudo atestando a morte do esporte no Estado logo após a Copa.
Não digam depois que não avisei.
É bom a Presidente Dilma ficar de olho.
Hilda Suzana Veiga Settineri
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Editado(a) por
GUERRILHEIROS VIRTU@IS
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