Por Altamiro Borges
Depois da dolorida derrota na disputa para o Senado do Amazonas em outubro passado, o valentão Arthur Virgílio – que ameaçou “dar uma surra” no ex-presidente Lula e acabou apanhando dos eleitores – havia sumido dos holofotes. Nos bastidores da Justiça, ele ainda tenta cassar o mandato da senadora Vanessa Grazziotin. Mas o grão-tucano havia dado um tempo nas rinhas políticas.
Ao bajular FHC, tucano esquece a realidade
Na semana passada, porém, ele voltou à carga com a sua verve raivosa. Em artigo publicado no Estadão, o ex-ministro e ex-líder de FHC desembestou de vez. Até parece que fugiu do manicômio. Arthur Virgílio acusa o “lulopetismo” de tentar “reescrever a história”. Para ele, o que há de bom no país, como o crescimento econômico e a geração de emprego e renda, é obra de FHC.
Depois da dolorida derrota na disputa para o Senado do Amazonas em outubro passado, o valentão Arthur Virgílio – que ameaçou “dar uma surra” no ex-presidente Lula e acabou apanhando dos eleitores – havia sumido dos holofotes. Nos bastidores da Justiça, ele ainda tenta cassar o mandato da senadora Vanessa Grazziotin. Mas o grão-tucano havia dado um tempo nas rinhas políticas.
Ao bajular FHC, tucano esquece a realidade
Na semana passada, porém, ele voltou à carga com a sua verve raivosa. Em artigo publicado no Estadão, o ex-ministro e ex-líder de FHC desembestou de vez. Até parece que fugiu do manicômio. Arthur Virgílio acusa o “lulopetismo” de tentar “reescrever a história”. Para ele, o que há de bom no país, como o crescimento econômico e a geração de emprego e renda, é obra de FHC.
Ele só não explica porque os tucanos, responsáveis por tantas bondades, foram rejeitados nas três últimas eleições presidenciais. Também não explica porque os índices de crescimento de FHC são bem inferiores aos do governo Lula; ou porque o desemprego bateu recordes durante o triste reinado tucano. Na maior caradura, ele ainda diz que Lula foi beneficiado por “uma conjuntura internacional benigna”, esquecendo-se de citar que o seu governo foi atingido pela pior crise capitalista das últimas décadas.
Discurso raivoso, cheio de adjetivações
Sem consistência política, Arthur Virgílio volta a posar de paladino da ética – logo ele, mais sujo do que pau de galinheiro, que até confessou em entrevistas que recebeu dinheiro não contabilizado para as suas campanhas e que “todo mundo faz caixa-2”. Num ataque de nervos, o rejeitado tucano amazonense parte para a adjetivação mais desqualificada e provocadora.
Diz que o “lulopetismo” pratica “eleitoralismo, esquerdismo pelego, falta de espírito público”. O alvo da sua ira é o ex-presidente, talvez por ser visto como o principal responsável pela “surra” que levou nas urnas. “Lula melou as mãos de petróleo, alardeando auto-suficiência que jamais houve. Mágico de circo, ‘trouxe’ o pré-sal para o presente, dando a impressão de que os benefícios seriam para o hoje, quando mil dúvidas, a começar pelo marco regulatório, rondam o êxito da operação”. E a baixaria não pára:
Rejeitado necessita de tratamento urgente
“Gramsciano que não leu Gramsci, [Lula] planejou minimizar a democracia, pelo aparelhamento da máquina pública e pela desmoralização das instituições. Um parasita de cargo comissionado de cota partidária se satisfaz com seus ‘proventos’ e fica à disposição da ‘chefia’ para gritar palavras de ordem nas ruas do Brasil. O cérebro do lulopetismo pretende mais. Seu espelho é o que foi o PRI mexicano. Sonha com amordaçar a imprensa e reinar sem oposição”.
“Fascistas enquistados no Ministério da Educação foram denunciados por imporem livros didáticos que criticam Fernando Henrique e endeusam Lula. Lavagem cerebral. Tentativa criminosa de ‘miliciar’ a juventude, pondo-a a serviço de projeto de poder que jamais quis ser projeto estratégico de Nação. Fizeram isso na Argentina e deu em ópera cinematográfica; no getulismo do Estado Novo, em deposição do ditador; na Itália e na Alemanha, guerra e fim funesto para os ditadores”.
“Agora, às voltas com renitente inflação gerada pela farra fiscal que fez Lula popular e elegeu Dilma, vivem momento difícil e não têm bode expiatório para execrar. Tergiversam. Candidatam-se a delirante Nobel de Economia falando em conter a inflação sem reduzir o ritmo de crescimento. A que ponto não chegarão quando a dura realidade lhes bater à porta? Temo turbulências. Que a democracia saia vencedora de qualquer desafio que se anteponha à sua consolidação plena”.
Como já disse, até parece que o derrotado Arthur Virgílio fugiu do manicômio. Ele precisa de tratamento urgente!
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