SRZD: Nesta segunda-feira, o ditador da Líbia, Muammar Gadafi, e seu filho Saif al-Islam, além do chefe de espionagem do país, Abdullah al-Senussi, tiveram mandados de prisão emitidos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) sob acusações de crimes contra a humanidade.
Em maio, o procurador do TPI, Luis Moreno-Ocampo, há havia comentado que o pedido ao tribunal de mandados de prisão pelo assassinato "pré-determinado" de manifestantes na Líbia depois que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas encaminhou o caso ao tribunal.
Durante a leitura da sentença, a juíza Sanji Mmasenono Monageng citou que Gadafi tem "controle absoluto, supremo e inquestionável" sobre o aparelho estatal da Líbia e suas forças de segurança. Ela ainda afirmou que ambos, Gadafi e Saif al-Islam, "conceberam e orquestraram um plano para impedir e reprimir por todos os meios as manifestações civis" contra o regime e que al-Senussi usou sua posição de comando para realizar ataques.
O governo de Gadafi negou que tenha mantido civis como alvo, e faz acusações a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que comanda a ação internacional no país, de encenarem ataques aéreos em nome de rebeldes. Os rebeldes, com apoio aéreo da organização, enfrentam as forças de Gadafi desde fevereiro, quando milhares de pessoas se exigiram a queda do regime dele, que já dura 41 anos.
O governo segue reprimindo violentamente os distúrbios, tornando essa revolta uma das mais sangrentas entre a atual onda de revoluções que varre o Oriente Médio, e que ficou conhecida como "Primavera Árabe".
Nenhum comentário:
Postar um comentário