Colóquios com Maria José: "Agora você vê como são as coisas, Maria José..."
Por DiAfonso
A jornalista Ana Paula Leitão assina matéria no IG com o título "Cristovam defende escola pública, mas colocou filhas na particular" referindo-se ao fato de o senador Cristovam Buarque [PDT-DF] defender Projeto de Lei que obriga filhos de parlamentares, prefeitos e governadores a estudarem em escola pública.
Até aí, nada demais, se o incauto leitor [como muitos do naipe piguiano acham que são os leitores] não atentasse para a forma viperina como Ana Paula titula a matéria, apresenta o corpo do texto e indica a entrevista [ver vídeo abaixo] feita com o senador.
Até aí, nada demais, se o incauto leitor [como muitos do naipe piguiano acham que são os leitores] não atentasse para a forma viperina como Ana Paula titula a matéria, apresenta o corpo do texto e indica a entrevista [ver vídeo abaixo] feita com o senador.
Ai daquele que não sentir o cheiro dos pressupostos e implícitos! Ai daquele que não sentir o odor do que, sibilinamente, se pretende dizer, Maria josé!
E o que pretendeu a jornalista com o título da matéria? Explorar uma possível contradição entre aquilo que o senador propõe [no Projeto de Lei de que é autor] e o que ele deixara de fazer: matricular suas filhas na escola pública.
Com efeito, o próprio Cristovam afirma que não matriculara nenhuma de suas filhas na escola pública. Mas por que não o fez? Isso sequer é indicado no título da matéria, levando o leitor a inferir que o senador propõe algo que ele mesmo não tivera a honestidade de fazer.
Ocorre que, na entrevista, Cristovam deixa claro que a lei obriga apenas parlamentares, prefeitos e governadores - e não professores [como era a condição do senador à época em que suas filhas cursavam a educação básica. Que fique claro: educação básica! Para ter noções elementares de como se organiza o sistema acadêmico brasileiro, clique aqui].
A partir das "insinuações" [os tais pressupostos e implícitos] da jornalista, pode-se perguntar, sibilinamente, para ela: como o professor universitário Cristovam Buarque poderia "cumprir", por vontade própria, uma lei que não existia e nem existe? Pois, segundo a propria Ana Paula, o tal Projeto de Lei [não é Lei ainda, diga-se de passagem!] encontra-se "engavetado há quase quatro anos"!...
Continue, Maria José, vendo como são as coisas:
A certa altura da entrevista, a jornalista tenta construir uma simbiose entre o professor da UnB e o hoje parlamentar Cristovam Buarque. Ela faz uma cobrança atemporal, insinuando que o então professor Cristovam Buarque [e hoje senador] devesse ter matriculado as filhas na escola pública para valorizar um ensino público de qualidade que não havia e não há, efetivamente, embora alguma coisa - a partir do governo Lula - tenha melhorado nesta sofrível área.
Bom, Maria José... É isso! Assista ao vídeo e visite o link para a matéria do IG. Talvez você, Maria José, possa concordar comigo... Ou não...
Continue, Maria José, vendo como são as coisas:
A certa altura da entrevista, a jornalista tenta construir uma simbiose entre o professor da UnB e o hoje parlamentar Cristovam Buarque. Ela faz uma cobrança atemporal, insinuando que o então professor Cristovam Buarque [e hoje senador] devesse ter matriculado as filhas na escola pública para valorizar um ensino público de qualidade que não havia e não há, efetivamente, embora alguma coisa - a partir do governo Lula - tenha melhorado nesta sofrível área.
Bom, Maria José... É isso! Assista ao vídeo e visite o link para a matéria do IG. Talvez você, Maria José, possa concordar comigo... Ou não...
Um comentário:
É dever de todo senador pugnar por um transporte público de qualidade e nem por isso êle é obrigado a impedir que seus filhos vão às aulas em carros particulares. O senador também deverá lutar por um ensino público de qualidade - e é livre para matricular seus filhos onde bem entenderem. A liberdade reconquistada com tanto sofrimento não pode confundir as coisas. Somos todos brasileiros e quem não se emociona ao ouvir o Hino Nacional ou ver tremular a nossa bandeira. Temos orgulho das nossas forças armadas e estaremos torcendo por elas nos jogos mundiais militares. A imprensa deveria divulgar mais os jogos, para que o povo brasileiro continue sintonizado com os ideais de uma pátria livre, soberana e com todos os setores da população integrados ao lema da ordem e progresso. Vamos somar esforços, rumo a um futuro grandioso.
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