Aplicações em empresas saltaram de R$ 7,2 bi, em 2009, para R$ 10,3 bi no ano passado
O Brasil é o principal destino da América Latina para investidores. Uma pesquisa da consultoria Ernst & Young mostra que o país recebeu R$ 7 em cada R$ 10 aplicados no continente em 2010, ou R$ 7,2 bilhões (US$ 4,6 bilhões) dos R$ 10,3 bilhões (US$ 6,6 bi) destinados à região. O levantamento divulgado nesta terça-feira (19) mostra que, entre 2009 e 2010, o total aplicado pelos estrangeiros nos fundos de private equity dos países da América Latina mais do que quintuplicaram (crescimento de 404%). Os private equity são como as ações da Bolsa de Valores, mas que não são negociadas no mercado e sim de forma privada entre os investidores.
No Brasil, os setores que mais receberam grana dos investidores foram o financeiro (55%), o de tecnologia (16%) e o de consumo (14%). Se destacam entre os maiores negócios do tipo a compra de 19% do banco BTG Pactual, por US$ 1,8 bilhão.
Outras transações significativas foram a compra de 40% da Pátria Investimentos e a aquisição da participação majoritária na Gávea Investimentos.
Carlos Asciutti, sócio da área de transações da Ernst & Young Terco, afirma que a recuperação dos países da região após a crise econômica de 2008 ajuda a explicar a maior atenção dos investidores estrangeiros nos mercados emergentes.
- De uma forma geral, os investimentos na América Latina foram atraídos pelo crescimento da região, cujo PIB [Produto Interno Bruto, a soma das riquezas produzidas em um país] cresceu em torno de 5,7% em 2010. Os principais fatores que podem explicar tal desempenho foram o crescente nível de consumo privado – alimentado pela rápida recuperação no crescimento de empregos e salários– e a expansão do crédito ao setor privado.
Entre os demais países da América Latina, os que mais se destacaram em negócios com private equity foram Colômbia, Peru, Chile e México.
No mundo, o grande destaque fica por conta da China e da Índia. O gigante asiático recebeu, ao longo dos últimos dez anos, mais de US$ 68 bilhões. O pico desses investimentos foi em 2007, quando foram aplicados mais de US$ 18 bilhões no país. De lá pra cá, elas vêm diminuindo, até fechar pouco acima dos US$ 5.000 no ano passado. A Índia, sozinha, recebeu R$ 11,2 bilhões (US$ 7,2 bilhões) em 2010.
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