terça-feira, 19 de julho de 2011

Ideli coloca reforma tributária fatiada como prioridade do segundo semestre

São Paulo - A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, deixou claro que a reforma tributária, ainda que fatiada, deve ser uma das prioridades do governo da presidenta Dilma Rousseff no segundo semestre deste ano. A jornalistas em Florianópolis (SC), ela fez um balanço dos primeiros seis meses de governo e enumerou os pontos contemplados na proposta de mudanças no sistema de cobrança de impostos no país.

A expectativa do Executivo é formular as mudanças nos próximos meses. Entre as medidas em estudo estão o fim da possibilidade de redução e de isenção do Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) com o intuito de atrair empresas. A medida visa a impedir a guerra fiscal entre estados em disputa por grandes empresas. O objetivo final seria criar uma alíquota única, chamada de ICMS interestadual, o que simplificaria a estrutura tributária do país.

"Também iremos criar dois fundos de compensação para quem for prejudicado com a reforma. O fundo de compensação do ICMS e o fundo de desenvolvimento regional", disse. Os "prejudicados" seria estados e municípios que tivessem arrecadação reduzida pelas mudanças.
Em relação à desoneração da folha de pagamento, Ideli não entrou em detalhes. A medida discutida entre os ministérios da Fazenda e da Previdência Social envolve retirar ou reduzir a contribuição patronal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A perda de receita seria compensada por outro tributo, mas o modelo não tem ainda consenso entre as pastas.
Discute-se a possibilidade de tributação sobre o lucro das empresas, ou a criação de uma nova forma de imposto sobre o cheque – a exemplo de como funcionava a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta em 2007. Por ainda haver temores de perdas por parte do INSS, a medida deve ser adiada.
Permeável
Na mesma entrevista, Ideli falou ainda sobre os riscos de a crise econômica pela qual passam países a Grécia e os Estados Unidos. Ela sustenta que o Brasil está forte e protegida em boa situação, mas não é "impermeável". Por isso, o governo acompanha com atenção as negociações entre o presidente norte-americano e o Congresso do país para elevar o teto da dívida pública. "Há uma permanente vigília da equipe econômica para tomar as medidas necessárias", afirmou a ministra.
A Casa Branca busca acordo com a oposição republicana até dia 2 de agosto. Atualmente o limite de endividamento é de US$ 14,3 trilhões, equivalente a mais de 90% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país em um ano. Caso a expansão do limite não seja garantida, os EUA não teriam condições de rolar a dívida com vencimento no início do próximo mês.
Com informações da Reuters

2 comentários:

Salomão disse...

Esse será um jogo pesado, de idas e vindas. Na quinta-feira 14, em artigo na Folha de S.Paulo, o diretor de redação do jornal, Otavio Frias Filho, observou: “(...) trata-se do mais impressionante rolo compressor já montado na política recente. Dinheiro, recursos políticos, mídia, pressões, ameaças, tudo é usado para favorecer o candidato oficial. Detalhe importante: está sendo organizada uma estrutura paralela ao governo e a seu partido, algo sem precedentes”.

Idas e vindas. Roberto Civita, na segunda 11 dizia a Paulo Henrique Amorim: “Se for assim, eu também quero”.

Na quinta 14, Mônica Bergamo registrava na Folha nova opinião do mesmo Civita: “A operação me parece correta”. Para que se entenda qual e tamanha é a relação entre poderes constituídos no Brasil, vale uma rápida visita ao gabinete de Civita, no 24º andar do número 7.221, Marginal Pinheiros, São Paulo. O edifício é dos tais inteligentes. Monumental, debruça-se sobre o fétido Rio Pinheiros, uma espécie de divisa entre o primeiro e o quarto mundos: a favela do Jaguaré não muito distante da Abril, a meio caminho da Editora Globo.

A visita. Antes de sua sala, uma outra, mesa enorme, de reunir ministério, escura como as águas do rio. À entrada de sua sala, à esquerda, uma escadinha leva ao mezanino e à pequena biblioteca, estilo norte-américa. A mesa de Civita fica diante do aparador. Sobre ele, fotos. A mulher, os filhos, a família. Além dos Civita, mais uma, só mais uma foto. De Fernando Henrique Cardoso.

Por mais de uma vez, a mais de um amigo, Civita explicou: “Pensam que a Abril apóia o programa governo do Fernando Henrique. A questão está mal colocada. Não é a Abril que apóia o programa do Fernando Henrique. É o Fernando Henrique quem apóia o programa de governo da Abril”.

Fonte: Carta Capital

http://www.consciencia.net/midia/01/bndes1.html

mateus disse...

Ideli Salvatti que muitos disseram que nada entendia de pesca, hoje é a Ministra das Relações Institucionais. Quem tem dignidade e talento, entende de gente - forma equipes de confiança e humanamente vai tocando o barco da sensibilidade. Ah! ELA É FORMADA EM FÍSICA !!!