sexta-feira, 29 de julho de 2011

Tiros contra manifestantes foi um atentado à democracia

José Trindade

Redação 24 Horas News

Os tiros disparados por um oficial da Polícia Militar não foram apenas contra os manifestantes. Os tiros foram disparados contra a democracia de um País onde muita gente morreu por ela. Isso é um absurdo. Isso é uma govardia e desrespeitos aos direitos humanos
Covardia e despreparo. Uma tentativa de homicídio em massa. Assim a população classificou os tiros disparados por um oficial da Polícia Militar contra manifestantes que protestavam contra a privatização da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) em frente à Prefeitura Municipal de Cuiabá (PMC). E pior: não foram tiros para o alto como afirmou o tenente-coronel Walter Silveira, comandante do 1º Batalhão de Polícia responsável pela segurança da área central da Capital.

As cenas de violência foram mostradas no Programa "Cadeia Neles", da TV Record, nesta sexta-feira, 29, desmentem o oficial. As imagens nítidas sem em montagem comprovam que os tiros foram disparados para baixo, contra os manifestantes que estavam a menos de dois metros de distância do atirador.
Foram dois tiros de uma arma semelhante a uma escopeta, cuja pólvora explodiu e causou dezenas de perfurações na perna do funcionário da Companhia de Saneamento da Cpaital (Sanecap), que estava engajado na luta em defesa da instituição como autarquia de propriedade da comunidade, já que suas finanças saem dos bolsos dos contribuintes.
Um policial federal que pediu para não ser identificado assistiu as imagens em companhia da reportagem do Portal de Notícias 24 Horas Newse não teve dúvidas: “Foi uma tentativa de homicídio. O policial atirou nitidamente para baixo, em direção aos manifestantes que estavam a menos de dois a metros de distância”. O policial federal esclarece, inclusive, que qualquer pessoa, mesmo civis que estivessem no local no momento dos tiros poderia dar voz de prisão do atirador.
“Foi uma tentativa de homicídio em massa, pois o policial atirou contra várias pessoas. Se estivesse lá o prenderia com certeza. Aliás, o próprio comandante, que parece que estava lá poderia prender o homem que atirou. Dai em diante o atirador teria que explicar quem autorizou que ele atirasse”. Conforme o comandante, as armas usadas são todas não letais.
Outras três pessoas foram atingidas por disparos dos militares no protesto. Os manifestantes se queixaram da violência da Polícia. O protesto começou na Praça Ipiranga e antes de parar na Praça Alencastro realizou movimentos pelas ruas próximas. Os manifestantes disseram que a Polícia os recebeu de arma em punho. Uma menina de 12 anos foi atingida por spray de pimenta nos olhos.
O protesto foi tratado pela Prefeitura e pela Polícia como sendo "bando de baderneiros".
Para Pedro Aparecido, que ficou com uma marca vermelha de tiro na perna, na altura do joelho, a polícia demonstrou despreparo ao disparar, ignorando o processo democrático e o direito das pessoas de estarem indignadas e revoltadas. Pedro é presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal (Sindjufe-MT), um dos signatários do Fórum contra a Privatização do Saneamento e em Defesa da Sanecap. GUERRILHEIROS VIRTU@IS:

Um comentário:

Anônimo disse...

Que vergonha.