sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Brasil deve revogar anistia 'escandalosa' a militares, diz ONG

A ONG Anistia Internacional se pronunciou nesta quinta-feira a favor de que o Brasil revogue a lei que impede os responsáveis por execuções e violações aos direitos humanos ocorridas durante o governo militar, entre 1964 e 1985, de serem investigados e punidos. O grupo, com sede em Londres, pediu à presidente Dilma Rousseff que retirasse a lei de 1979, que protege suspeitos de "tortura, execuções, sequestros e estupros".
"Essa lei é escandalosa, e não fazer nada em relação a isso impede que a justiça seja feita", disse Susan Lee, diretora da Anistia Internacional para as Américas. "Isso tem que ser evitado, e aqueles responsáveis por abusos não podem ficar impunes por mais tempo", acrescentou. Uma contestação judicial em relação à lei não obteve êxito em 2010, e Dilma chegou a prometer publicamente aos militares que a lei permaneceria "intocável".
A lei tem sido criticada pela Corte Europeia de Direitos Humanos e pelo Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas, que determinou que tais impedimentos são incompatíveis com as obrigações em relação aos direitos humanos. "Ao defender uma lei que permite crimes como a tortura e assassinatos, o Brasil está ficando para trás em relação a outros países que têm feito sérios esforços para lidar com essas questões", disse Lee. AFP.

2 comentários:

VOVÔ HUGO disse...

É PROBLEMA ? - TEM SOLUÇÃO !

Anônimo disse...

“Não se enforca um ladrão porque roubou um cavalo; mas para que sirva de exemplo para que não se roube mais cavalos”. Neste princípio precisamos ver até quando este exemplo após longos anos terá valor? Outra coisa a se considerar, seria o fato da punição bilateral. Neste caso os crimes feitos em nome do fim da ditadura também devem serem considerados. O não esquecimento destes, lavaria muita gente que atualmente ocupam os escalões do governo de hoje. Sabemos que as bruxas existem e estão por ai e cometendo outras atrocidades. Pergunto mais uma vez: Não seria o caso de esquecer as que foram e caçar as que estão na ativa hoje?