BRASÍLIA - Reunidos por mais de duas horas na residência oficial do presidente em exercício, Michel Temer, representantes do PT, PMDB, PSB, PDT e PCdoB com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegaram a um "quase consenso" sobre o financiamento público para campanha. Enquanto o relator da reforma política na Comissão Especial, deputado Henrique Fontana (PT-RS), saiu otimista do encontro dizendo que há consenso sobre o financiamento, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse que é preciso discutir outras questões.
Fontana disse que o presidente Lula - que não deu entrevista na saída - defendeu na reunião que a reforma é importante para melhorar o sistema político brasileiro. Segundo o parlamentar petista, os cinco partidos são a favor do financiamento público exclusivo como forma de reduzir os gastos das campanhas e torná-las mais transparentes.
- Para termos uma democracia é preciso que tenhamos um processo onde tenhamos chance de ser candidatos e o financiamento público nos traz esse grande ganho para população brasileira - disse Fontana
- O financiamento público vai trazer mais transparência e mais segurança para a gestão pública e mais estabilidade e independência para o governo - declarou o petista, que estimou ser possível votar a reforma na comissão dia 5 de outubro.
Menos otimista, Valdir Raupp disse há ainda muitos pontos que precisam ser discutidos.
- Chegamos a um quase consenso. Não adianta aprovar financiamento público de campanha se não fizermos mudança no sistema
Raupp afirmou que o PMDB não aceita votação em lista aberta ou fechada como se discute atualmente. O partido só concorda com o fim das coligações proporcionais. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), anunciou na tarde desta quarta-feira que o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais foi aprovado pela comissão , na reunião do dia 24 de agosto, quando a proposta foi votada, mas o anúncio do resultado gerou dúvidas. O Globo.
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