sexta-feira, 9 de setembro de 2011

José Dirceu: Congresso do PT foi vitorioso e serviu para atualizar o partido


Ex-ministro e ex-presidente do PT, José Dirceu, durante o Congresso (Foto Rose Dayanne - PT)

O PT hoje tem um programa político adequado para o Brasil de 2011-2022, diz ex-ministro


Ao final do 4º. Congresso Nacional Extraordinário do PT, o ex-ministro e ex-presidente do partido, José Dirceu, falou com exclusividade ao Portal do PT, quando fez um balanço do evento. Ele considerou o evento como vitorioso.
“O partido se atualizou, está no século 21, tanto quanto ao auto-financiamento quanto aos filiados. Acredito que vai se abrir mais para a sociedade, deu paridade às mulheres que é uma coisa avançadíssima. O partido também adotou uma resolução importante sobre os mandatos, sobre a renovação dos mandatos de três para deputados e dois para senadores. Ou seja, o PT se colocou mais uma vez na vanguarda, além de priorizar a reforma política e a reforma administrativa da gestão como instrumentos importantes para combater a corrupção”, ressaltou Dirceu.
A respeito da resolução política aprovada no Congresso, o ex-ministro destacou pontos importantes do documento como a reforma tributária e também a regulação da mídia, frizando mais uma vez que não nem se trata de censura e muito menos controle da imprensa, citando diversos países onde o mecanismo já existe.
“O Brasil precisa de mais concorrência e de mais democracia na mídia. E precisa de regulação. Precisamos também que se regulamente o direito de resposta e de imagem que estão na Constituição no mesmo nível que a questão essencial, fundamental, pela qual o PT lutou e conquistou junto com o povo brasileiro que é a da liberdade de imprensa”, afirmou.
José Dirceu também destacou o apoio e a sustentação política do PT ao governo da presidenta Dilma. “Ela foi aqui ovacionada, ela sabe que pode contar com o PT, como o presidente Lula mesmo disse, ela pode contar com as nossas bancadas e com o partido”.
Ele afirmou ainda que o resultado positivo do 4º. Congresso irá contribuir no crescimento do PT. “Um partido como o PT tem que ter quatro, cinco milhões de filiados, e não um milhão e meio. E um partido como o PT tem que ter uma imprensa própria forte, uma comunicação prática, ágil e diária, como tem aqui com vocês (do Portal do PT). Tem que ter também mais independência financeira, não depender somente do fundo partidário e dos recursos dos deputados e dos petistas que ocupam cargos de confiança. É preciso que os filiados e as atividades financeiras sejam uma constante no partido”, afirmou.
O ex-ministro finalizou afirmando que o PT hoje tem um programa político adequado para o Brasil de 2011-2022, quando se comemora os 200 anos de independência do Brasil.
(Portal do PT)

Um comentário:

Anônimo disse...

Carlos Brickmann

O governador fluminense Sérgio Cabral, do PMDB, aquele que teve boa parte da biografia revelada num acidente aéreo em Porto Seguro, acha que foi “uma covardia” abolir o Imposto do Cheque, por codinome CPMF. O dinheiro faz falta à saúde, decretou (com apoio de parlamentares a quem nunca falta dinheiro).

Verdade ou mentira? Em 2007, em seu último ano, a CPMF arrecadou pouco mais de R$ 36 bilhões de reais; o Governo previa R$ 55 bilhões para 2008.

Em 2008, não houve CPMF, mas a receita do Governo, que elevou outras contribuições e impostos, cresceu quase R$ 75 bilhões – bem mais do que se previa. A receita total do Governo Federal, em 2008, foi de R$ 635,5 bilhões. Neste 2011, devem ser R$ 878,7 bilhões. Um crescimento de quase R$ 250 bilhões. Ainda querem cobrar outro imposto. E, mesmo sem razão, vão cobrar.

Voltemos. Os R$ 55 bi que o Governo Federal previa arrecadar com a CPMF, em 2008, viraram R$ 75 bilhões, sem CPMF. Sem CPMF, a arrecadação passou de R$ R$ 635 bi, em 2008, para R$ 878 bilhões, em 2011. E aí vêm governadores, parlamentares, a turma das emendas, a turma dos jatinhos, os amigos de empreiteiros cuja maior credencial é a amizade de quem tem poder político, dizer que eliminar um imposto é covardia, e que esse imposto tem de ser restabelecido o mais rápido possível, com o benéfico objetivo de cuidar da saúde do povo.

Mas temos de admitir que o governador Sérgio Cabral tem razão ao chamar os outros de covardes. Porque para dizer o que ele disse é preciso ter coragem.

Tags: Carlos Brickmann, CPMF, Dilma Rousseff, Rio de Janeiro, Sérgio Cabral