sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Quem tem medo do Estado palestino?

Um pequeno território, com um governante, mas sem soberania, pois ainda não se constituiu em Estado reconhecido pela Organização das Nações Unidas - ONU, está tirando o sono de dois países: EUA e Israel. Falo da Palestina, uma nação sem Estado, sem reconhecimento oficial pelos países, fato que não lhe permite constituir corpo diplomático e estabelecer relações com outros países de forma soberana. O atual Presidente da Autoridade Palestina, assim que chamam este pequeno “país”, Mahmoud Abbas, disse que iria até a ONU solicitar o aval do Conselho de Segurança para a adesão plena à entidade.
E de repente, não mais que de repente, o Presidente dos EUA, Barack Obama, opôs-se ao intento dos palestinos, dizendo que iria vetar tal pretensão junto ao Conselho de Segurança. Obama, em seu discurso na ONU, disse que caberia aos dirigentes de Israel e da Autoridade Palestina buscar um consenso para a criação do Estado palestino. Eis um exemplo de notável pacifista! Eis o exemplo de alguém que prefere o diálogo à guerra! Eis o exemplo de líder que prefere a paz a fomentar confrontos sangrentos pelo mundo! Ele merece o Nobel da Paz!
Mas ontem, antes do discurso de Obama, a terceira mulher mais influente do mundo, segundo a revista Forbes, e Presidenta do Brasil, Dilma Rousself, jogou lenha na fogueira de vaidades do Presidente americano. Durante seu discurso, na abertura da Assembléia Geral da ONU, Dilma fez a defesa intransigente da criação do Estado palestino. A declaração de Dilma não agradou a todos, especialmente ao Presidente dos EUA. Parece-me que agora o mundo ouve com certo respeito o que diz a Chefa do Estado brasileiro, que não se comporta mais como um “menino de recados” dos EUA. Acredito que as centenas de famílias de imigrantes palestinos que vivem no Brasil devem ter ficado orgulhosos de sua presidenta.
Mas por que os EUA são contra a criação do Estado palestino?
Acredito que os americanos temem a criação do Estado palestino por conta de seus futuros acordos internacionais. O futuro Estado palestino poderia, na visão dos americanos, firmar acordos de cooperação com o Irã e, depois, quem sabe, produzir “armas de destruição em massa”. Isso obrigaria os EUA a ocupar um neófito estado soberano, como fez com o Iraque, em busca das tais “armas de destruição em massa”!
Ou, talvez, os EUA temam que o novo Estado árabe, grudado no Estado de Israel, invada este país, com seus potentes mísseis Tomahawk, e ampliem seus territórios, retirados por Israel na década de 60, após o término da Guerra dos Seis Dias!
Ou, quem sabe, Obama não seja contra a criação do Estado palestino por temer que este futuro país se torne o grande líder do mundo árabe, já que no seu território há tanto petróleo quanto na Arábia Saudita!
Por outro lado, acredito que Obama tema que os palestinos construam uma bomba atômica e, por vingança, joguem sobre a Casa Branca. Afinal, os palestinos possuem tecnologia para isso, além de poder bélico, com aviões militares superpotentes!
Mas, segundo os especialistas em guerra, o que Obama teme mesmo é a frota naval dos palestinos. Maior que a dos chineses e a dos russos! A frota naval palestina foi a grande responsável pela derrota alemã na Segunda Guerra Mundial!
É Obama, tenho de concordar com você, Estado palestino agora não! Vamos fazer uma campanha junto ao Conselho de Segurança da ONU para, primeiro, acabar com o poderio bélico palestino, quem sabe usando a Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN. Assim, quando este território liliputiano não apresentar qualquer perigo aos países que defendem a paz pelo mundo, como os EUA, os membros do Conselho de Segurança não aceitem a criação do Estado palestino e sua adesão à ONU! Veja o exemplo dos insurgentes líbios, que já estão devidamente assentados na ONU, inclusive representaram o povo líbio na Assembléia Geral.
Só me resta concordar com Cileno: mas que discurso de araque, Obama! Frederico A. Passos

Nenhum comentário: