Por DiAfonso
Eis que, nesta manhã de domingo, leio o noticiário e me vejo diante da presença de Rafael Mascarenhas na mídia... de novo. Informava a notícia que o Red Hot se apresentara no Rock in Rio trajando uma camisa com a estampa do Rafael.
Não acreditei que essa exposição midiática ainda persistia [uma coisa é noticiar, outra...]. Numa hora, centenas de amigos "grafitam", ilicitamente, as paredes do Túnel Acústico em homenagem ao filho de Cissa Guimarães [com a anuência dela, inclusive]; noutra hora, famosos prestigiam, num restaurante do Rio de Janeiro [!!!], o aniversário de morte do rapaz. Entre as celebridades, Guta Stresser, Patrícia Travassos e Caetano Veloso. Este interpretou seis canções e fez com que todos os presentes cantassem com ele.
Sinceramente...
Sou pai. Amo demais meus três filhos, minha energética* filhinha [que fará dois anos no próximo dia 28 de setembro] e Sophia [que ainda está "morando" na barriga da mãe até dezembro deste ano]. Quem foi agraciado pela materno-paternidade [não encontrei referência a essa palavra no léxico português] e a ela se entrega como a um sacerdócio, sofre ao ter que conviver com a perda de algum dos seus rebentos. É natural que a saudade invada, cace e persiga impiedosamente mães e pais que passam por tal infortúnio. A dor parece esgarçar ainda mais - e indefinidamente - uma alma já cindida por tão sofrida ausência.
Creio ser assim com a atriz Cissa Guimarães. Sei que sofre com a perda de Rafael Guimarães. Entretanto, é necessário que se diga [a partir, claro de uma determinada concepção de ver o mundo circundante] ser necessário, também, buscar a superação e não tentar "ressuscitar" o filho que se foi por meio da espetacularização midiática [e nesse aspecto, Cissa tem tido o apoio tentacular da poderosa Globo e da mídia corporativa, de um modo geral]. A meu ver, ela é conivente com esse espetáculo e até o estimula. Leia mais no Terra Brasilis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário