Deputado estadual há seis mandatos, portanto quase fazendo bodas de prata na Assembléia Legislativa de São Paulo, o parlamentar Roque Barbiere (PTB) nesses 24 anos praticamente nunca deixou o chamado baixo clero, o grupo de deputados sem maior destaque num Legislativo.
Hoje, no entanto, virou manchete principal, do alto da 1ª página do Estadão, ao denunciar em um vídeo que foi parar na internet - divulgado por um site de Araçatuba, sua base eleitoral - que pelo menos 30% dos deputados estaduais paulistas venderiam emendas para prefeituras ou empreiteiras.
Sem entrar no mérito de sua acusação e nos fundamentos quaisquer que sejam eles de sua denúncia, não se pode deixar de fazer uma cobrança ao deputado Barbieri: ele tem que dar nomes aos "bois", como se diz popularmente.
Se queria, e fez a denúncia, tem de apontar quem vende emendas para prefeituras e empreiteiras - em si só, a partir da acusação, já é um caso de polícia e para o Ministério Público Estadual (MPE) investigar.
Do contrário, o deputado está simplesmente contribuindo para a tão condenável criminalização generalizada dos políticos e da política. Péssima, quando feita sem distinção e revelação dos verdadeiros culpados, em qualquer país democrático.
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