A mineradora, através de suas subsidiárias e controladores financiaram a campanha tucana de Minas, em 2010, com pelo menos R$ 7,25 milhões
Na terça-feira (20), a Polícia Federal de Montes Claros (MG) desbaratou uma organização criminosa que atuava há anos na grilagem de terras públicas do governo de Minas Gerais com jazidas de ferro.
1) Servidores da órgão estadual do governo de Minas responsável pela reforma agrária, o ITER/MG (Instituto de Terras de Minas Gerais) transferiam a posse das terras do estado para “laranjas”, que jamais tinham sido proprietários ou possuidores de terras na região;
2) A seguir, numa outra operação fraudulenta, o "laranja" vendia a terra a um intermediário, tal como um corretor de imóvel rural;
3) O intermediário fechava o ciclo do esquema, revendendo a terra para grandes mineradoras;
Segundo a Polícia Federal, para fazer a fraude da grilagem, os criminosos cometeram os delitos de:
- falsificação de documentos públicos e particulares;
- falsidade ideológica;
- corrupção ativa e passiva;
- formação de quadrilha
- e lavagem de dinheiro.
O principal alvo dos criminosos eram vastas extensões de terras públicas no extremo-norte do Estado de Minas Gerais (principalmente nos municípios de Rio Pardo de Minas e Indaiabira), onda há jazidas, recentemente descobertas, estimada em 10 bilhões de toneladas.
A operação atingiu várias cidades, com diligências policiais em Belo Horizonte, Oliveira e Divinópolis, em Rio Pardo de Minas, Salinas, Serranópolis de Minas, Taiobeiras, Janaúba, Curvelo.
Sequestro de R$ 41 milhões pagos pela Vale
Segundo documento do Ministério Público (MP), “em apenas um dos casos sob investigação, a Vale S/A comprou – efetuando pagamento único e em espécie – vasta extensão de terras subtraídas criminosamente do Estado de Minas Gerais pelo espantoso valor de R$ 41 milhões”.
A operação financeira foi detectada pelo COAF em 28 de agosto, segundo o MP.
A Justiça determinou o sequestro deste dinheiro.
Dois prefeitos do DEM suspeitos de integrarem o esquema criminoso
O Ministério Público pediu o afastamento dos prefeitos de Indaiabira, Marcus Penalva Costa (DEM) e de Vargem Grande do Rio Pardo, Virgílio Penalva Costa (DEM). Ambos são suspeitos de integrarem o esquema.
Corrupção tucana no alto escalão
Com a operação atingindo em cheio o ITER/MG, o governo tucano de Antonio Anastasia afastou ontem o secretário de Regulação Fundiária, Manoel Costa.
Um comentário:
CPI já!
PSDB tambem deve explicações.
Postar um comentário