No momento em que lançamos um novo programa para ampliar nossa rede de colaboradores, queremos compartilhar um pouco mais profundamente nossas visões sobre os rumos do jornalismo, na era das redes. Pensamos que a comunicação comercial de massas deixou, por diversas razões, de cumprir o papel destacado que desempenhava na democracia – também ela em crise, aliás. Porém, imaginamos que este papel – examinar e relatar realidades sociais complexas, de modo compreensível e atraente, no tempo em que ainda é possível interferir sobre o desfecho dos acontecimentos – pode ser exercido por outros atores.
Acreditamos na força da comunicação compartilhada. Se o futuro da internet está em aberto e em disputa (esta é uma das encruzilhadas mais importantes de nossa época…), é porque a rede foi apropriada, também, pelo ser humano, em seu desejo de multiplicar conexões diretas, sem a intermediação de grandes estruturas empresariais ou burocráticas. Esta libertação se dá em múltiplos terrenos. Nas comunicações, está ruindo a crença castradora que associava “verdade” ao que “saiu no jornal” – e, portanto, elevava um pequeno oligopólio de empresas à condição de narradoras exclusivas de nosso presente.
Todos podemos assumir este papel. O universo de informações que circula na internet é infinitamente mais vasto e mais rico do que o que está nas tevês, revistas e jornais. Os blogs e redes sociais revalorizaram a narrativa sobre a vida social. Mas foram muito além disso.
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