Quem lê o artigo "Eleição e os nem-nem" do jornalista Vinicius Torres Freire, publicado na Economia (caderno Dinheiro), da Folha de S.Paulo hoje, pode até se confundir com o que acontece de fato na vida política do país.
Primeiro porque o articulista esconde que por trás das divisões da oposição e da criação do PSD não estão apenas divergências sobre como enfrentar o PT e os presidentes Dilma Rousseff e Lula. Está, sim - e principalmente - a disputa dentro do PSDB pelo futuro da legenda entre dois grão-tucanos, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-presidenciável José Serra, duas vezes derrotado na disputa pelo Planalto (2002 e 2010), numa briga em que ambos querem ser candidato a presidente em 2014.
Minimizar isto e superdimensionar outra interpretação para a divisão na oposição e o surgimento do PSD, como faz o jornalista na Folha, é viajar em outra galáxia.
Segundo porque José Serra está por trás da criação do PSD. Bem como do ataque frontal que o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), fez à dupla FHC-Aécio. A dupla foi criticada pela política de conciliação que, na visão deles, ensaiou com a presidenta Dilma nas semanas da chamada "faxina" (demissões de ministros) que a mídia buscava impor como agenda para o país e para o governo.
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