sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Dilma visita Turquia com relações em alta entre os países


Em Ancara, na Turquia, a presidente Dilma Rousseff (PT) cumprimenta o presidente turco, Abdullah Gül, e participa da cerimônia de chegada no palácio presidencial de Çankaya
Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República/
A presidente Dilma Rousseff (PT) começa nesta sexta-feira uma visita oficial à Turquia, país que vem se aproximando do Brasil tanto nas relações políticas como econômicas ao longo do último ano. As nações ajudaram a costurar um acordo com o Irã no ano passado sobre o programa nuclear de Teerã. Além disso, as relações comerciais entre Brasil e Turquia deram um salto de mais de 60% em 2010.
Segundo o Itamaraty, a crescente influência regional da Turquia - cujo governo tem conquistado popularidade na região graças a seu apoio oficial à vários movimentos da Primavera Árabe - tem feito com que o país se torne um aliado estratégico do Brasil no Oriente Médio, tanto em termos políticos como comerciais. Durante a passagem de Dilma pelo país, serão firmados acordos de cooperação em diversas áreas. Ela também se reunirá com as principais autoridades políticas turcas.

Salto comercial
Dilma desembarcou na quinta-feira à noite em Ancara, depois da viagem a Gabrovo, no interior da Bulgária, onde visitou a terra natal de sua família. A exemplo do que ocorrera na Bulgária, a agenda da presidente mistura compromissos cerimoniais, políticos e econômicos. Na manhã desta sexta-feira, ela depositou uma coroa de flores no Memorial Atatürk, e em seguida participaria do encerramento de um fórum empresarial com executivos brasileiros e locais para incentivar as relações comerciais entre os dois países.

O comércio entre Brasil e Turquia triplicou ao longo da última década, com um grande salto em 2010. Naquele ano, o valor das transações comerciais entre os países cresceu mais de 60% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 1,6 bilhão. Nos primeiros oito meses de 2011, o volume de comércio entre Brasil e Turquia já chegou perto de igualar toda a marca de 2010.
As principais exportações brasileiras para a Turquia são minérios de ferro, soja, trigo, algodão e café. Em 2009, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez a primeira visita oficial de um chefe de Estado do Brasil à Turquia, o governo brasileiro abriu um escritório da Agência Brasileira de Promoções a Exportações e Importações (Apex) em Istambul.
Depois de participar do encerramento do fórum empresarial, Dilma se concentrará na agenda política, com um encontro fechado com o presidente Abdullah Gül e um ato oficial de assinatura de tratados de cooperação. O principal compromisso, no entanto, está reservado para a manhã de sábado, quando ela se reunirá com o premiê turco, Racip Tayyip Erdogan, em Istambul. O encontro será reservado e não está previsto nenhum pronunciamento após a reunião.
Dilma passará o restante do fim de semana de folga em Istambul, fazendo turismo, e deverá voltar para Brasília no domingo. Os jornais turcos deram pouco destaque à visita de Dilma. Em uma nota curta, o Hurriyet afirma que ela é a segunda presidente brasileira a visitar a Turquia nos últimos dois anos. Com reportagem intitulada "Ex-líder guerrilheira visita Ancara", o Taraf destacou que o fato de Dilma viajar ao país no seu primeiro ano de mandato é uma demonstração da importância da relação bilateral entre os dois países.

Brasil e Turquia
O Itamaraty afirma que "Brasil e Turquia convergem quanto à defesa do multilateralismo, à busca de soluções diplomáticas para tensões internacionais". As relações diplomáticas entre os dois países ganharam destaque internacional no ano passado, quando eles participaram ativamente de uma negociação para que o Irã aceitasse enriquecer urânio do seu programa nuclear no exterior.

Diversos países e órgãos internacionais pressionam para que o Irã abandone o seu programa, mas o país justifica que está apenas desenvolvendo todo o ciclo da energia nuclear para fins pacíficos. Recentemente a Turquia vem se destacando como uma liderança no Oriente Médio. Depois do episódio em maio de 2010, em que Israel invadiu barcos de uma missão humanitária com participação turca a caminho da Faixa de Gaza, o governo de Ancara assumiu uma retórica dura contra Israel, o que aumentou a popularidade de Erdogan no Oriente Médio.
O premiê também conquistou elogios na região durante a Primavera Árabe deste ano pelas críticas ao regime da Síria, cuja repressão está levando milhares de pessoas a se refugiarem na fronteira dos dois países. O premiê Recep Tayyip Erdogan foi o primeiro líder regional a visitar a Líbia após a queda do regime de Muamar Khadafi.
Para os professores de relações internacionais Paulo Visentini e Marco Cepik, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a posição singular da Turquia e crescente influência regional - o país tem cacife tanto no Oriente Médio como entre governos ocidentais - é uma vantagem a ser explorada pelos diplomatas brasileiros. "Para o Brasil, trata-se de uma boa oportunidade de explorar economicamente a posição geopolítica que a Turquia detém junto à Europa, à Rússia, ao Oriente Médio e à Ásia Central", escrevem os pesquisadores em um artigo produzido em junho para a Apex.
"A reviravolta política no mundo árabe confirmou a Turquia como um oásis de estabilidade doméstica, como se percebe no resultado das eleições de junho. Tendo população, economia e capacidades militares condizentes com o posto de potência regional, a Turquia vem cada vez mais sendo vista pelos Estados Unidos como um aliado inestimável na sua política para o Oriente Médio", afirmaram. Terra

Um comentário:

hugo disse...

ELA RECEBEU DONS EXTRAORDINÀRIOS. A SUA PERSISTÈNCIA COMO GESTORA E POLÌTICA A COLOCOU NA ROTA DA PRESIDÈNCIA. TROUXE DO BERCO A RESPONSABILIDADE PARA ALTOS DESAFIOS E A COMPETÈNCIA PARA CONSTRUIR SÒLIDAS E CONFIANTES PARCERIAS. HÀ EMPATIA EM SEU OLHAR E A BUSCA DE RECIPROCIDADE RESPEITOSA. ENGRANDECE A RELACÀO E EXALTA NO OUTRO SUAS QUALIDADES. NINGUÈM QUER FAZER MAL A UMA PESSOA ASSIM. NÀO FAZ DA POLÌTICA UM VALE TUDO NO PODER, MAS EXERCE-O COM FIRMEZA NA PLENITUDE DE SUA AUTORIDADE. A FIDELIDADE AOS IDEAIS PARTIDÀRIOS EM CONSTRUIR UMA NACÀO FORTE E RESPEITADA, PORQUE TRILHA O CAMINHO EM RESPEITAR OS CONTRATOS INTERNACIONAIS, ELEVANDO O BRASIL COMO UMA NACÀO LIVRE E SOBERANA. MUITO JÀ CONTRIBUIU A SUA MANEIRA AFÀVEL DE FAZER POLÌTICA E MUITO AINDA FARÀ, ARTICULANDO ACÒES EM PROL DOS MENOS FAVORECIDOS. AINDA ESTÀ EM INÌCIO DE GOVERNO E ENFRENTOU CRISES - COM GALHARDIA. O CENÀRIO MUNDIAL EM TURBULÈNCIA FINANCEIRA E O PAÌS UNIDO PARA ENFRENTÀ-LA, PORQUE ELA È AGREGADORA E NÀO DESCARTA A UNIÀO DE TODAS AS FÒRCAS POLÌTICAS E EMPRESARIAIS. A RESPONSABILIDADE È DE TODOS NÒS E, CADA UM FAZENDO A SUA PARTE, COM ESPÌRITO PATRIÒTICO E PROFISSIONAL, O BRASIL VIGOROSO MOSTRARÀ PARA O MUNDO A SUA PUJANCA, TANTO NA COMPETÈNCIA DOS SEUS GOVERNANTES - QUANTO NA COESÀO POPULAR - SUSTENTANDO E APOIANDO UM GOVERNO QUE È DE TODOS.