domingo, 9 de outubro de 2011

Escândalo das emendas: Barbiere ameaça Alckmin

Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho
"Por que será que o governo se manifesta com tanta veenêmcia, se eu não os acusei, ainda (grifo meu), de fazer nada errado?".
Intimado pelo governador Geraldo Alckmin a dar nomes aos bois para que possa dar início às investigações sobre a denúncia de que 30% dos parlamentares paulistas cobram propina dos prefeitos para a indicação de emendas, o deputado estadual Roque Barbieri (PTB) fez a pergunta acima em seu depoimento escrito encaminhado, na tarde desta quinta-feira, à Comissão de Ética da Assembléia Legislativa.

Na ameaça pouco velada, Barbiere lembrou também que alertou o secretário de Planejamento, Emanuel Fernandes, e a subsecretária de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, Rosemary Correa, sobre o comércio das emendas envolvendo deputados, prefeituras e empreiteiras, que consomem R$ 188 milhões do orçamento estadual por ano (cada excelência tem direito a distribuir R$ 2 milhões).
Na mesma sessão em que foi lida a carta de Roque Barbiere, a Comissão de Ética aprovou por unanimidade um convite para que o deputado licenciado Bruno Covas, atual secretário do Meio Ambiente do governo paulista e pré-candidato à Prefeitura, explique a denúncia que fez ao jornal "O Estado de S. Paulo".
Em agosto, antes que as acusações de Barbiere chegassem à grande imprensa, Bruno Covas afirmou que um prefeito lhe ofereceu 10% de "comissão" sobre uma emenda de R$ 50 mil do deputado que beneficiou sua cidade. Travou-se então, segundo Covas, o seguinte diálogo, ao ser surpreendido pela oferta do prefeito:
_ A quem devo entregar os R$ 5 mil?
_ Ah, entrega para a Santa Casa...

Em vez de denunciar o deputado corrupto, o deputado sugeriu um ato de benemerência com a grana da propina. Agora, a Comissão de Ética quer saber o nome do prefeito e o destino dado ao dinheiro da emenda.
Bruno Covas tentou desmentir a declaração, alegando que foi "mal intepretado", mas a entrevista está gravada.” http://nogueirajr.blogspot.com/

3 comentários:

Lucas disse...

Cade a Globo que não divulga esse escandalo?

Thiago disse...

O tucanato nunca irá deixar acontecer uma CPI em São Paulo.
Esse é o modo PSDB de governar, sem escandalos de corrupção porque eles escondem tudo ao invés de investigar.

PSDB nunca mais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

GAROTINHO, O DEMOCRATAS DE CÉSAR MAIA E RODRIGO MAIA VAI SER EXTIRPADO DO MAPA DO BRASIL !!!!

Publicada em 19/09/2011 às 23h09m

Disputa
Indicação de candidato à prefeitura acirra crise dentro do PSDB do Rio


RIO - A crise no PSDB do Rio é grave e pode ter as estruturas abaladas nas eleições municipais de 2012. Os tucanos brigam pela indicação de um candidato do partido à Prefeitura do Rio. Para piorar, integrantes descontentes com o rumo da sigla já estão de malas prontas para sair. Se não bastasse a guerra interna, o ex-governador Marcello Alencar, um dos caciques do PSDB no estado, fez nesta segunda-feira duras críticas ao ex-presidente regional José Camilo Zito dos Santos, que, após de desavenças com Alencar, se filiou ao PP, do senador Francisco Dornelles.

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Estamos saindo do fundo do poço para voltar a crescer
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.A confusão no ninho tucano esbarra no deputado federal Otávio Leite e na vereadora Andrea Gouvêa Vieira. Os dois querem concorrer à sucessão do prefeito Eduardo Paes (PMDB), pré-candidato à reeleição. Leite tem o apoio dos diretórios municipal, estadual e nacional. Já Andrea, sem espaço no PSDB, se reunirá nesta terça-feira com integrantes do PV, entre eles o ex-deputado federal Fernando Gabeira.

- Estou com um pé fora do PSDB. Só não formalizei ainda. O partido também não está se esforçando nem um pouco para eu ficar. Sinto-me praticamente expulsa. O sentimento é esse - afirmou Andrea, que não perderá o mandato por infidelidade partidária já que a expectativa é de o PSDB não tentar brigar pela cadeira.

Otávio Leite rebateu:

- Postular uma candidatura é um direito. Mas a construção dessa candidatura requer critérios e respaldos. Quero que ela (Andrea) fique. Mas eu falo por mim. Sou um militante do partido há 19 anos.

O PSDB não lança candidatura própria à Prefeitura do Rio desde de 2000, quando concorreu com Ronaldo Cezar Coelho. De lá para cá, os tucanos participaram apenas de coligações, como as de 2008 e 2010, apoiando Gabeira.

- Estamos saindo do fundo do poço para voltar a crescer - admitiu Otávio Leite.

Além de Andrea Gouvêa Vieira, devem deixar o PSDB os vereadores Marcelo Arar e Patrícia Amorim, presidente do Flamengo. Se as saídas forem confirmadas, os tucanos só serão representados na Câmara pela vereadora Teresa Bergher. O vereador Luiz Carlos Ramos foi para o PSDC. Já Luiz Antônio Guaraná aterrissou no PMDB e é chefe de gabinete de Paes. A ex-deputada estadual Alice Tamborindeguy se filiou ao PP para disputar a prefeitura de São Gonçalo.



O estopim da confusão ocorreu entre Marcello Alencar e Zito. O ex-governador acusa até hoje o prefeito de Duque de Caxias de não fazer campanha para Gabeira, em 2010, e de ter apoiado sem autorização do partido a reeleição do governador Sérgio Cabral

(PMDB). Em 2009, quando o verde pretendida concorrer com Sérgio Cabral, Zito afirmara que Gabeira "não tinha cheiro do povo".

- Zito praticou atos incompatíveis como presidente regional do PSDB. Disse que o Gabeira não tinha cheiro do povo. Em plena campanha, esculhambou o PSDB e se aproximou dos nossos adversários, entre outras coisas que é melhor não comentar. Falei que

ele estava agindo com pecado político e, depois disso, ele saiu (do partido) - disparou Marcelo Alencar.

O ex-governador também criticou Zito sobre a atuação como presidente regional da sigla:

- Zito não era um presidente atuante. Essa é a minha opinião, meu filho.

Zito evitou polemizar com Alencar. O prefeito, porém, admitiu ter se dedicado, no ano passado, apenas à campanha à Presidência do candidato tucano derrotado José Serra.

- Na verdade, eu só fiz campanha para o Serra. Não era segredo. Todos nós sabíamos que o Gabeira não tinha mais o prestígio político de antes. Já tinha perdido o poder eleitoral. Não tenho nada contra o Gabeira.

Zito, por sua vez, não poupou os dirigentes do PSDB, apesar de não citar nomes: