terça-feira, 4 de outubro de 2011

Financial Times critica o Brasil mas no fim dá a mão à palmatória

PIMENTA NOS OLHOS DOS OUTROS É REFRESCO
Por Davis Sena Filho
O jornalão de Economia conservador “Financial Times”, o mesmo que defendia a intervenção do FMI nas economias e nos setores financeiros dos países pobres e emergentes, além de dar conselhos sobre como os governantes das nações endividadas deveriam agir e tomar providência, ficou zangado e muito incomodado com os conselhos da Presidenta Dilma Rousseff, que está na Europa, e aproveitou para colocar o Brasil como exemplo de País a ser seguido, no que concerne ao processo desenvolvimentista aplicado no Brasil a partir de 2003, quando o presidente Lula assumiu a Presidência da República e que até hoje perdura com a presidenta Dilma, que já avisou aos guardiões dos juros altos (Globo e mercado financeiro) que os juros tendem a cair.

O “Financial Times” rugiu, mas teve de dar o braço a torcer e por isso o rugido se transformou em um miado. A verdade é que o sistema bancário brasileiro é sólido, nossas reservas são altas e a dívida com o FMI foi paga e o Brasil é credor de tal banco, além de suas taxas de crescimento serem positivas, enquanto a Europa e os EUA compartilham crescimento baixo ou nenhum, bem como enfrentam recessão econômica e alto desemprego, com cerca de 240 milhões de europeus e 44 milhões de estadunidenses desempregados.
Leia matéria publicada no JB e perceba que no fim do texto o jornalão da direita inglesa e quiçá do mundo teve de reconhecer o crescimento do Brasil e a sua importância cada vez maior em um mundo globalizado. Eles gostavam de dar conselhos e pitacos mas detestam recebê-los. Porém, descobriu-se com a crise mundial que quem dava lição aos outros não fazia a lição de casa. Isto sim é ser hipócrita! Bem como exemplificam os ditados populares: “Casa de ferreiro, espeto de pau” ou “Pimenta nos olhos dos outros é refresco”.
Extraído do Jornal do Brasil
Financial Times diz que conselhos do Brasil para a crise soam hipócritas
O jornal Financial Times afirma nesta terça-feira que os conselhos do Brasil para a crise econômica soam hipócritas e irreais. Segundo um artigo publicado pelo jornal, os avisos da presidente Dilma Rousseff sobre o perigo de a União Europeia adotar impostos restritivos neste momento são contraditórios. O jornal cita o fato de o país estar na 152ª posição do ranking do Banco Mundial por ter carga pesada de impostos.
O conselho de Dilma teria sido feito nesta última segunda-feira em sua primeira visita à Europa como presidente do Brasil. "No nosso caso, políticas fiscais restritivas extremas apenas aprofundaram o processo de estagnação e de perdas de oportunidades", teria dito a presidente em referência à crise da América Latina nos anos 80. "É difícil sair da crise sem aumentar o consumo e o crescimento".
O jornal afirma que os políticos brasileiros recentemente aceitaram o conselho para resolver a crise no país e agora o distribuem aos países desenvolvidos. Segundo o veículo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, é um dos pioneiros nesta relação e sugeriu, no mês passado, um pacote "excêntrico" dos Brics para socorrer a zona do euro.
O FT ressalta que Mantega falhou ao consultar os países do Brics, como a China que possui a maior parte das reservas estrangeiras do bloco. Segundo o jornal, até mesmo os outros países ficaram surpresos pela sugestão de o Brasil socorrer países como a Itália, que possuí riquezas em serviços e produtos per capita três vezes mais do que o próprio país.
O jornal afirma ainda que Dilma, recentemente, falou sobre a necessidade de combater o protecionismo após aumentar, em 30 pontos percentuais, o imposto para carros produzidos no exterior . Além disso, o FT diz que o Banco Central vem intervindo comprando dólares - a razão pela qual o país tem reservas externas "impressionantes".
(No fim da matéria, parágrafo abaixo, o "FT" dá o braço a torcer - Davis)
O Financial Times afirma ainda que, apesar das críticas, o Brasil é uma nova voz global que tem excelente estabilidade econômica, um dos mais sólidos sistemas bancários do mundo, uma capacidade enorme para criar políticas de estímulos anticíclicas e uma robusta reserva externa. "Não há dúvidas de que o Brasil agora sente que tem o direito de distribuir tantos conselhos - apesar de tolos", finaliza o jornal.
Como se percebe, tolos são os arrogantes. (Davis)
Leia Davis Sena Filho também no JB

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