A presidenta garantiu que as empresas do pólo industrial
continuarão a ter benefícios fiscais.
Em viagem ao estado do Amazonas, a presidente Dilma Rousseff assinou hoje, em Manaus, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga por mais 50 anos a vigência da Zona Franca de Manaus. Além de prorrogar o prazo, a proposta, que precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, amplia a zona franca para a região metropolitana da capital amazonense.
“O [ex-] presidente Lula, quando ela [a Zona Franca de Manaus] estava praticamente sendo enterrada pelos governos anteriores, prorrogou a primeira vez. Agora, damos continuidade a isso”, disse a presidenta que já havia anunciado a decisão de prorrogar o os incentivos, em setembro desse ano, em viagem à capital amazonense. De acordo com as regras atuais, os incentivos da zona franca vencem em 2023.
A assinatura ocorreu durante cerimônia de inauguração de uma ponte sobre o Rio Negro, ligando Manaus a Iranduba. A ponte tem 3.595 metros de comprimento. A obra teve um custo total de R$ 1 bilhão e levou quase quatro anos para ser concluída.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve ao lado de Dilma, na inauguração da ponte. Os dois chegaram a usar cocares, presente dado por comunidades indígenas do Amazonas.
Ponte do Rio Negro
A presidenta inaugurou hoje a Ponte Rio Negro, que liga Manaus ao município de Iranduba (AM). Com 3,5 quilômetros de extensão, é a maior ponte estaiada do Brasil em águas fluviais, somando 400 metros os trechos suspensos por cabos. Uma multidão enfrentou o calor para participar da cerimônia de inauguração do empreendimento no dia em que a capital amazonense comemorou seus 342 anos.
“Essa ponte mostra que é possível fazer com que aqui se gere empregos e, ao mesmo tempo, se preserve o meio ambiente”, disse a presidenta Dilma sobre a obra que levou três anos e dez meses para ser concluída, e gerou 3,4 mil empregos diretos.
O empreendimento começou ainda no governo do ex-presidente Lula, que também participou da inauguração. “Hoje é dia de alegria. Valeu a pena”, afirmou ele.
Após a cerimônia de inauguração, Dilma e Lula atravessara, de carro, os 3,5 quilômetros da ponte sobre o Rio Negro. O empreendimento custou R$ 1,099 bilhão, o que inclui obras complementares, como a construção de 7,4 quilômetros de acessos viários do lado de Manaus e de Iranduba, e a implantação dos sistemas de proteção dos pilares contra choque de embarcações, de sinalização náutica e de iluminação da ponte e de seus acessos.
Do total de recursos aplicados, R$ 586 milhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 513 milhões do Governo do Amazonas.
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