segunda-feira, 10 de outubro de 2011

No Rio, PR e PSDB sofrem mais com as perdas para PSD de Kassab

Cássio Bruno (cassio.bruno@oglobo.com.br) e Juliana Castro (juliana.azevedo@oglobo.com.br)


RIO - O PR e o PSDB foram os principais prejudicados no Estado do Rio com a criação do PSD e podem sofrer as consequências nas eleições de 2012. Dos quatros prefeitos do PR, apenas a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, permaneceu no partido. O restante tentará a reeleição pela legenda presidida por Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo. Já os tucanos perderam pelo menos dois chefes do Executivo para o PSD, e ambos disputarão novamente aos cargos. Na dança das cadeiras, DEM e PPS também sofreram baixas depois das saídas de vereadores para o PMDB e PSOL. Na Assembleia Legislativa (Alerj), a situação é mais grave. O PR perdeu quatro dos nove deputados estaduais. Assim, o PSD ficou com 11 parlamentares. Desses, quatro vão disputar a prefeitura no ano que vem. Além disso, a única deputada do DEM, Graça Pereira, também aterrissou no PSD. O mesmo ocorreu com Claise Maria Zito, que deixou o PSDB. Claise é ex-mulher do prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito dos Santos, ex-tucano e, agora, no PP. A filha de Zito, no entanto, a deputada federal Andreia Zito, continua no PSDB. O PR perdeu os prefeitos das cidades de Rio Claro (Raul Machado), Cambuci (Oswaldo Botelho) e Mangaratiba (Evandro Capixaba). Enquanto isso, o PSDB não terá mais o comando em Natividade (Marcos Antônio da Silva Toledo, o Taninho) e Japeri (Ivaldo Barbosa dos Santos, o Timor).


Na Alerj, os deputados Iranildo Campos, Fábio Silva, Samuel Malafaia e Roberto Henriques deixaram o PR, do deputado federal e ex-governador do Rio Anthony Garotinho, para seguirem em direção ao PSD. Ex-aliado da família Garotinho, Henriques será um dos adversários de Rosinha, mulher do parlamentar, na disputa em Campos.
— Em 2012, teremos candidatos a prefeito em 70 municípios. Em outros 13, seremos vice na chapa. Algumas perdas são boas porque dão mais qualidade ao partido — afirmou o presidente regional do PR, Fernando Peregrino.

PT nega filiação a prefeito de Nova Friburgo
Na Câmara, o PSDB perdeu dois dos quatro vereadores, um deles para o PT, Marcelo Arar. Patrícia Amorim, presidente do Flamengo, decidiu se filiar ao PMDB. Para puxar a legenda, os tucanos decidiram lançar a vereador o estreante Tadeu Amorim Júnior, filho da deputada estadual Lúcia do Amaral, a Lucinha, a vereadora mais votada nas eleições de 2008.
O DEM perdeu a metade dos vereadores, de oito caiu para quatro — Rosa Fernandes, Jorginho da SOS, João Cabral e Aloisio Freitas migraram para o PMDB. O prefeito de Resende, José Rechuan Júnior, também abandonou o DEM e está no PP. O PPS, por sua vez, ficará sem representantes na Câmara. Paulo Pinheiro foi para o PSOL e Carlinhos Mecânico migrou para o PSD. — Perdemos apenas na quantidade. Todos que saíram votavam sempre a favor do governo. No ponto de vista ideológico, o PSDB não perdeu — ressaltou a vereadora Teresa Bergher, líder dos tucanos na Câmara.
— Os vereadores que deixaram o DEM estão do lado de todos os governos. Nunca foram de oposição. Mas a decisão deles era sabida desde maio. O importante não são os números mas o compromisso com as ideias do partido — afirmou o deputado federal Rodrigo Maia.
Enquanto isso, o PT negou o pedido de filiação do prefeito de Nova Friburgo, Dermeval Barboza Moreira Neto, do PMDB. Segundo o presidente regional do partido, Jorge Florêncio, a rejeição ocorreu por conta dos indícios de irregularidades apontados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em contratos sem licitação no município em obras de reconstrução da cidade após a tragédia das chuvas na Região Serrana em janeiro deste ano

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