Altamiro Borges em seu blog
Com atualização às 18h24 desta segunda-feira (24), o portal de notícias G1, da Rede Globo, trouxe uma notícia bombástica.
***
Policial diz que não tem provas específicas contra Orlando Silva
Do G1, em Brasília
O policial militar João Dias Ferreira disse que não possui provas do envolvimento direto do atual ministro do Esporte, Orlando Silva, e de seu antecessor, Agnelo Queiroz, no suposto esquema de desvios de recursos públicos da pasta. O policial militar negou que tenha gravado diálogos de Orlando Silva. “Em nenhuma delas [das gravações] tem a voz do ministro.”
Ao prestar novo depoimento nesta segunda-feira (24) à Polícia Federal, João Dias levou 13 arquivos de áudio e 4 ofícios emitidos pelo Ministério que, segundo ele, trazem “informações contraditórias” sobre a fiscalização dos repasses de verbas da pasta a entidades conveniadas. Segundo o policial, o material envolveria assessores da cúpula do ministério.
“É natural que a minha defesa se baseie no pessoal com quem eu sempre tive contato, que são o pessoal da fiscalização, técnicos e o pessoal jurídico, coordenadores gerais e o partido”, disse Dias, em relação às provas que teria contra integrantes do ministério.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a PF confirmou a apreensão de um aparelho celular onde estão gravadas as conversas e disse que, até o momento, não há comprovação da participação do ministro Orlando Silva no suposto esquema.
***
Prisão do policial “bandido”
A confissão bombástica do escroque deveria mudar o rumo das investigações sobre o caso. Em primeiro lugar, é urgente exigir da polícia apuração rigorosa sobre os interesses de João Dias em toda esta tramoia. A quem ele serve? Ele está apenas se protegendo do processo aberto pelo Ministério do Esporte, que cobra o ressarcimento de mais de R$3 milhões desviados dos cofres públicos?
Quais são os outros crimes do policial que virou fonte da revista privilegiada Veja? Há acusações de desvio de recursos públicos. Há denúncias de enriquecimento ilícito – compra de uma mansão, três carros importados e duas academias de ginástica. Há também acusações de que ele teria assassinado um policial que investigava suas sujeiras. O que há mais contra João Dias? Ele é chefe de quadrilha no DF?
Diante das novas descobertas e da sua confissão, não seria o caso da polícia decretar sua imediata prisão? O elemento é perigoso!
Processo contra a Veja
Em segundo lugar, a revelação de João Dias demonstra a insanidade da mídia golpista – em especial, da Veja, que deu guarita ao “bandido”. No seu afã de desgastar o governo Dilma e no seu ranço anticomunista, a publicação da famiglia Civita cometeu mais um crime – a exemplo do que já fizera contra o ex-ministro José Dirceu, quando tentou invadir seu quarto num hotel em Brasília.
A Veja repete as práticas mafiosas do império Murdoch, que está sofrendo pesado processo no Reino Unido por causa das escutas telefônicas ilegais e dos subornos. Não dá para ficar passivo diante das ações criminosas desta revista direitista, preconceituosa e mentirosa. Urge abrir mais um processo contra a Veja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário