domingo, 23 de outubro de 2011

Seria cômico se não fosse trágico!

GUERRILHEIROS VIRTU@IS passavam na manhã desta sexta, 21 de outubro, pela frente do Pronto Socorro de Cuiabá, quando viram uma movimentação estranha por parte de jornalistas no entorno do prédio.
Era uma correria de fotógrafos e cinegrafistas, de jornalistas e assistentes de imagens de um lado para outro, todos suados e com as roupas em desalinho, tamanha correria, atrás da confirmação de que o prefeito Chico Galindo estaria visitando o local, para perguntar-lhe sobre a visita do JN no ar por nossa cidade.

Não, infelizmente a reportagem não era sobre alguma nova pesquisa científica, ou de procedimentos revolucionários em novos tipos de tratamento.
Tratava-se de retratar o caos que as administrações municipais (Cuiabá e Várzea Grande) e estadual da saúde de Mato Grosso permitiram que o atendimento de urgência destes municípios alcançasse.
Um total descaso ao nosso povo.
Populares afirmavam que o distinto prefeito estava no local e os jornalistas sedentos por um furo, não mediam esforços atrás do alcaide que não aparecia.
Muitos começaram a afirmar que o mesmo teria se evadido, escondido em um rabecão que foi visto deixando o local em velocidade.
A midia local teve que se conformar com a entrevista com o prefeito de Várzea Grande e esperar a matéria do JN!.
Galindo nem aparece no JN no ar, só o Tião da Zaeli.
Luiz Antonio Franke Settineri - SAROBA
Veja as repercussões no Midia News:
"Tanto dinheiro sendo roubado...", diz paciente ao JN
Telejornal da Rede Globo exibiu caos no atendimento do Pronto Socorro de Várzea Grande
O Jornal Nacional mostrou o caos, fruto da incompetência administrativa, em Várzea Grande e Cuiabá
Mato Grosso ganhou novamente as manchetes nacionais, nesta sexta-feira (21) à noite: o Jornal Nacional exibiu reportagem especial sobre o caos no atendimento médico no Pronto Socorro de Várzea Grande.O principal noticiário da Rede Globo mostrou cenas deprimentes e dignas de um campo de concentração: pacientes feridos, espalhados pelos corredores, sem atendimento de qualidade.
A auxiliar de cozinha Carla de Arruda, que teve que levar uma cadeira ao PS de Várzea Grande para se acomodar, resumiu bem a situação: "A gente se sente um lixo. Porque tanto dinheiro sendo roubado e o sistema de saúde essa calamidade". A situação no local já era ruim e piorou depois que o teto do PS de Cuiabá ruiu. Os pacientes da Capital tiveram que ser encaminhados para a cidade vizinha. O prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PSD), admitiu que não tem condições de repassar dinheiro ao hospital. "O déficit mensal é de R$ 500 a R$ 600 mil por mês", disse.
Superlotado, Pronto-Socorro de VG não recebe pacientes
Por decisão da Justiça, casos de emergência irão para hospitais particulares
Pronto-Socorro não poderá mais receber pacientes para internação, até regularizar sua situação
A liminar foi concedida ao Ministério Público Estadual (MPE), autor do pedido, por meio da Promotoria de Justiça da Cidade Industrial.
Na decisão, proferida na quinta-feira (20) pelo juiz Jones Gattass Dias, o Estado também ficou proibido de promover novas transferências de pacientes para o Pronto-Socorro, até que o atendimento na unidade seja normalizado, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.
Na ação, o promotor Rodrigo de Araújo afirma que, desde o fechamento das portas do Pronto-Socorro de Cuiabá, as transferências de pacientes para o Pronto-Socorro de Várzea Grande estão ocorrendo, sem que houvesse qualquer planejamento para acomodação e atendimento dessas pessoas.
"Se não bastasse a transferência dos pacientes de Cuiabá, todos os enfermos que chegam do interior do Estado, e de outros Estados, estão sendo encaminhados diretamente para o Pronto-Socorro e Hospital Municipal de Várzea Grande, o que já atingiu o seu limite de funcionamento e não suportará a demanda", ressaltou o representante do Ministério Público.
O promotor afirmou ainda que o impacto financeiro causado ao Pronto-Socorro com essas internações desordenadas não está sendo considerado pelos gestores públicos de Cuiabá e da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Além disso, ele ressaltou que a unidade de Saúde passa por sérios problemas de ordem financeira, uma vez que os recursos destinados à Fundação de Saúde de Várzea Grande, instituição mantenedora do Pronto-Socorro, não estão sendo repassados pelo Estado regularmente.
"Em virtude da falta de recursos na unidade, existem sérias denúncias já em investigação na Promotoria de Justiça de que médicos e funcionários estariam com seus salários atrasados, bem como que pacientes e funcionários estariam fazendo uma espécie de 'cota' para a aquisição de materiais e insumos mais simples, como medicamentos e faixas", disse.

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