segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Serra: morreu politicamente em perfeito estado de saúde

Autor Luis Nassif - A matéria abaixo, sobre José Serra, é um primor.
Desde que perdeu as eleições, Serra foi encolhendo dia a dia, semana a semana. Perdeu o PSDB de São Paulo, primeiro o do estado, depois o da capital. Perdeu o PSDB nacional. Mais que isso: viu-se escorraçado de qualquer decisão partidária. Perdeu o PSDB, o DEM, sem ganhar o PSD. Ficou apenas com o PPS. Ou seja, com quase nada.
Conseguiu apenas prêmios de consolação, um cargo sem mando no PSDB nacional, uma Secretaria da Cultura e a Fundação Padre Anchieta, no estadual. Mais nada. Rigorosamente: mais nada!
No plano nacional, está em tal petição de miséria que até seu aliado Roberto Freire ofereceu-lhe o albergue do PPS.
Mas a matéria diz que está ótimo, porquer tuita, palestra sobre temas nacionais e "sempre teve mais cabeça estratégica do que tática". Como assim? Qual a estratégia? Perder todas as batalhas nunca fez de ninguém um estrategista vitorioso. Em futebol existe a figura do "campeão moral", a que Telê fez jus. Mas Serra, nem isso.
O homem que, mesmo sendo candidato derrotado do partido nas últimas eleições, não logrou juntar mais do que três (!) seguidores com votos - Freire, Aloisio e Jutahi - é apontado como grande estrategista e político que pensa o Brasil.
De O Estado de S. Paulo
Serra, do 'até breve' ao 'aqui estou'
Ex-governador saúda fiéis no Círio de Nazaré
GABRIEL MANZANO
Diante da multidão, que se emocionava ao ver a imagem de Nossa Senhora Aparecida levada pelas ruas de Belém do Pará, no Círio de Nazaré, o ex-governador José Serra não economizou palavras. "É um grande ato de fé, que à distância a gente não tem ideia de como é. Milhões de pessoas na rua, que se organizam sem precisar de muita organização". Enquanto Aécio Neves passava o fim de semana descansando em Cláudio, no interior mineiro, Serra disparava mensagens pelo Twitter em que definia a procissão como "a maior manifestação religiosa do Brasil e talvez do mundo".
Estava claro, ali, o que o ex-governador paulista queria dizer com aquele "até breve" do final de seu discurso de 31 de outubro do ano passado, em que reconheceu a derrota para Dilma Rousseff. Ele mostrava que, para um derrotado, a campanha eleitoral começa na noite da derrota.
Nestes 11 meses e meio, Serra se dedicou a um minucioso exercício de visibilidade programada. Marcou presença em seu blog e fez do Twitter uma janela permanente. Definiu rapidamente seu foco, avisando logo ao PSDB que não quer saber da candidatura à Prefeitura paulistana em 2012. Ao mesmo tempo debruçou-se com vigor, na mídia e em palestras, sobre temas nacionais - drogas, reforma política, segurança, turismo, câmbio. Pode-se dar o desconto de que ele foi sempre uma cabeça mais estratégica do que tática. Olha mais a floresta que a árvore.
Mas essessão precedentes muito convenientes. Foi às lideranças nacionais do PT que ele se dirigiu, nos últimos meses, ao criticar a reforma política que corre na Câmara. Suas críticas à política econômica partem de declarações feitas por Mantega ou pela presidente Dilma. Numa recente crítica ao trem-bala, compara-o com cinco ou seis grandes projetos, todos de caráter nacional. No seu GPS só cabe o mapa do Brasil. Ou seja, a briga pela vaga do PSDB em 2014 está apenas começando. /COLABOROU CARLOS MENDES

2 comentários:

Anônimo disse...

GAROTINHO, O DEMOCRATAS DE CÉSAR MAIA E RODRIGO MAIA VAI SER EXTIRPADO DO MAPA DO BRASIL !!!!

Publicada em 19/09/2011 às 23h09m

Disputa
Indicação de candidato à prefeitura acirra crise dentro do PSDB do Rio


RIO - A crise no PSDB do Rio é grave e pode ter as estruturas abaladas nas eleições municipais de 2012. Os tucanos brigam pela indicação de um candidato do partido à Prefeitura do Rio. Para piorar, integrantes descontentes com o rumo da sigla já estão de malas prontas para sair. Se não bastasse a guerra interna, o ex-governador Marcello Alencar, um dos caciques do PSDB no estado, fez nesta segunda-feira duras críticas ao ex-presidente regional José Camilo Zito dos Santos, que, após de desavenças com Alencar, se filiou ao PP, do senador Francisco Dornelles.

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Estamos saindo do fundo do poço para voltar a crescer
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.A confusão no ninho tucano esbarra no deputado federal Otávio Leite e na vereadora Andrea Gouvêa Vieira. Os dois querem concorrer à sucessão do prefeito Eduardo Paes (PMDB), pré-candidato à reeleição. Leite tem o apoio dos diretórios municipal, estadual e nacional. Já Andrea, sem espaço no PSDB, se reunirá nesta terça-feira com integrantes do PV, entre eles o ex-deputado federal Fernando Gabeira.

- Estou com um pé fora do PSDB. Só não formalizei ainda. O partido também não está se esforçando nem um pouco para eu ficar. Sinto-me praticamente expulsa. O sentimento é esse - afirmou Andrea, que não perderá o mandato por infidelidade partidária já que a expectativa é de o PSDB não tentar brigar pela cadeira.

Otávio Leite rebateu:

- Postular uma candidatura é um direito. Mas a construção dessa candidatura requer critérios e respaldos. Quero que ela (Andrea) fique. Mas eu falo por mim. Sou um militante do partido há 19 anos.

O PSDB não lança candidatura própria à Prefeitura do Rio desde de 2000, quando concorreu com Ronaldo Cezar Coelho. De lá para cá, os tucanos participaram apenas de coligações, como as de 2008 e 2010, apoiando Gabeira.

- Estamos saindo do fundo do poço para voltar a crescer - admitiu Otávio Leite.

Além de Andrea Gouvêa Vieira, devem deixar o PSDB os vereadores Marcelo Arar e Patrícia Amorim, presidente do Flamengo. Se as saídas forem confirmadas, os tucanos só serão representados na Câmara pela vereadora Teresa Bergher. O vereador Luiz Carlos Ramos foi para o PSDC. Já Luiz Antônio Guaraná aterrissou no PMDB e é chefe de gabinete de Paes. A ex-deputada estadual Alice Tamborindeguy se filiou ao PP para disputar a prefeitura de São Gonçalo.



O estopim da confusão ocorreu entre Marcello Alencar e Zito. O ex-governador acusa até hoje o prefeito de Duque de Caxias de não fazer campanha para Gabeira, em 2010, e de ter apoiado sem autorização do partido a reeleição do governador Sérgio Cabral

(PMDB). Em 2009, quando o verde pretendida concorrer com Sérgio Cabral, Zito afirmara que Gabeira "não tinha cheiro do povo".

- Zito praticou atos incompatíveis como presidente regional do PSDB. Disse que o Gabeira não tinha cheiro do povo. Em plena campanha, esculhambou o PSDB e se aproximou dos nossos adversários, entre outras coisas que é melhor não comentar. Falei que

ele estava agindo com pecado político e, depois disso, ele saiu (do partido) - disparou Marcelo Alencar.

O ex-governador também criticou Zito sobre a atuação como presidente regional da sigla:

- Zito não era um presidente atuante. Essa é a minha opinião, meu filho.

Zito evitou polemizar com Alencar. O prefeito, porém, admitiu ter se dedicado, no ano passado, apenas à campanha à Presidência do candidato tucano derrotado José Serra.

- Na verdade, eu só fiz campanha para o Serra. Não era segredo. Todos nós sabíamos que o Gabeira não tinha mais o prestígio político de antes. Já tinha perdido o poder eleitoral. Não tenho nada contra o Gabeira.

Zito, por sua vez, não poupou os dirigentes do PSDB, apesar de não citar nomes:

Anônimo disse...

continuação:

- Se eu não tinha condições de ficar na presidência regional, eu também não tinha condições de ficar no partido. O PSDB é conduzido por um grupo pequeno e eu lutava por um partido democrático. O comando do partido é feito por ódio e rancor e isso eu não tenho no meu coração.

Por enquanto, afirmou o prefeito, a sua filha, a deputada federal Andrea Zito, permanece no PSDB:

- O problema foi comigo. Mas se acharem que ela não serve mais, ela sai também.

Para as eleições de 2012, Luiz Paulo tenta juntar os cacos e percorre o estado para formar chapa de vereadores. O parlamentar articula também candidaturas próprias para prefeito em pelo menos 30 cidades. Segundo o deputado, há cinco meses, o PSDB mantinha diretórios em 46 dos 92 municípios do estado.

- Agora, são 88 diretórios municipais e provisórios. Só não estamos em Carmo, Sumidouro, Miguel Pereira e Paty do Alferes. Trabalhamos para reestruturar o PSDB.

Luiz Paulo admitiu a crise:

- Qual partido não está em crise? Gostaria que você me dissesse um. O PT não está em crise? O PMDB também não? O PSDB está construindo o caminho.

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/09/19/indicacao-de-candidato-prefeitura-acirra-crise-dentro-do-psdb-do-rio-925401595.asp