terça-feira, 29 de novembro de 2011

O esgotamento da forma partido e o desafio da criação de novas formas de governo @dilmabr

Vladimir Safatle: o esgotamento da forma partido e o desafio da criação de novas formas de governo.
Na sua aula na Ocupa Sampa ou Acampa Sampa, o filósofo Vladimir Safatle repetiu alguns pontos de vista importantes que expôs no debate roda-viva que o B&D realizou com ele na UnB faz alguns meses. Em especial, suas ideias sobre o esgotamento da forma partido para fomentar grandes rupturas e tornar o Estado verdadeiramente poroso à participação popular, e o desafio posto à esquerda de desenvolver formas alternativas de governo: “Mais do que de uma teoria do poder, hoje nós precisamos de uma espécie de teoria do governo. Precisamos mostrar que é possível governar de outra forma. Pensar gestão dos problemas de outra maneira. Quando nós conseguirmos fazer isso, nada mais vai conseguir nos parar. E isso não vai ser dado através da forma partido.“

Dito de outra forma, numa linguagem que o B&D usa bastante desde a sua fundação (e que Safatle também usou, no debate conosco), a esquerda tem diante de si, mais do que nunca, o desafio das inovações institucionais. A tríade sindicato, partido e governo social-democrata mostra-se cada vez mais insuficiente para a promoção de novos avanços. Traduzir em programas, ações e organizações alternativas os anseios e princípios levantados pelas mobilizações democráticas que têm pipocado pelo mundo é o grande desafio. Vladimir Safatle nos convoca a imaginar para revolucionar.
PS: a partir do diálogo com o amigo e companheiro de lutas Daniel Garcia Dias, parece-me importante acrescentar o seguinte. No encontro com o B&D, Safatle criticou a ideia de “mudar o mundo sem tomar o poder” (há um livro com esse nome, de John Holloway), e se referiu positivamente a experiências de esquerda na América Latina (Bolívia, por exemplo) que vêm mostrando a importância da conquista do poder do Estado (embora não só dele). Precisamos, sim, conquistar o poder, ocorre que Safatle avalia que precisamos também de uma teoria do governo, que aponte inovações institucionais capazes de traduzir nosso ideário em práticas. Ademais, penso que precisamos entender melhor a crítica dele à “forma partido”, que pra mim ainda não está clara: quais aspectos ele avalia que estão superados e precisam ser reinventados? Esse foi o grande ponto da parte final do nosso debate com ele: quais aspectos dos partidos e sindicatos tradicionais estão superados, quais características as novas organizações políticas de que precisamos (ainda que possamos seguir chamando-as de partidos) devem ter?

2 comentários:

José de Arimatea disse...

presidente dilma não votamos na senhora mas, a senhora é a presidente do brasil e torcemos pela senhora sua vitória é a vitória do brasil, agora se não fizermos a federalização da educação po 10 anos , uma ruptura com esse sistema que está ai com 50% dos recursos dilapidados pelos estados e municipios, crie um portal por medida provisória e determine "estados e municipios sórecebem os repasses do fundeb como saite do numero de alunos e de trabaladores da educação postado até 20 de cada mês faça isso o brasil agradecerá.

José de Arimatea disse...

"um pais co educação é facil de governar dificil de dominar e impossivel de escravizar" eduardo portela ex ed brasil presidente dilma siba que a senhora tem um hospital universitário no maranhão fechado ha 10 anos ? nos ajude em caxias a mortalidade infantil é alta e o território atende 1,2 milhões de pessoas;