A União Europeia (UE) impediu a entrada nos países do bloco a cerca de 400 mil imigrantes em 2010, informou o Programa Europeu para a Integração e a Migração (Migreurop).
"A mais de 393 mil cidadãos não comunitários foi negada a entrada nas fronteiras exteriores da UE em 2010", indicou o informe da Migreurop, associação formada por cerca de 40 organizações europeias e africanas que lutam pelo direito a emigrar.
Deles, 336.789 foram recusados nas fronteiras terrestres, 50.087 nos aeroportos e 6.704 nos limites marítimos, explica o relatório.
No referente à migração por mar, a investigação tomou em conta uns 23 portos em sete países da UE (Alemanha, Bulgária, Chipre, Espanha, França, Itália, Países Baixos), além de um país do Magreb (Marrocos).
Nesse sentido, o Migreurop expôs a dramática situação dos chamados polizones, pessoas que viajam furtiva e ilegalmente por qualquer meio de transporte, geralmente em condições verdadeiramente precárias.
"Estes passageiros clandestinos vão de porto em porto, trancados em uma cabine sem possibilidade de escapar", diz o informe.
O Migreurop destacou com particular ênfase a fronteira da Turquia com o Irã, como uma região militarizada a mais de 2. 500 metros sobre o nível do mar, onde os imigrantes "estão expostos a um tratamento desumano, por parte de traficantes ou das autoridades turcas".
Ligado a isso, a Agência Europeia para os Direitos Fundamentais denunciou igualmente nesta segunda-feira a situação irregular em que vivem os migrantes nos países da UE.
De acordo com a organização humanitária, os imigrantes sofrem de exploração trabalhista e falta de acesso a serviços indispensáveis, conjuntura que afeta fundamentalmente crianças e grávidas.
Ainda que as cifras costumem variar, diversas fontes calculam que nos 27 países da UE vivem entre quatro e oito milhões de pessoas sem um status migratório adequado.Prensa Latina
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