Reproduzido O Povo: A Prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), rechaçou qualquer possibilidade de o PT não ter uma candidatura própria à sua sucessão, nas eleições municipais do próximo ano. Presidente da legenda no Ceará, Luizianne admitiu que uma “chapa pura” está nos planos da legenda, caso os partidos da base aliada rejeitem uma futura indicação.
“Se ninguém quiser fechar com o PT, a gente vai ter que sair só. Claro que esse não é o nosso objetivo, mas é natural”, disse a prefeita, ao ponderar que, mesmo no caso de uma vitória em chapa pura, seria “difícil” governar.
Luizianne conversou com O POVO na manhã de ontem, nos estúdios da rádio O POVO/CBN, onde participou de gravação do programa Debates do Povo, que vai ao ar hoje, às 13h. Na ocasião, a prefeita reiterou que o nome a ser apresentado pelo partido, em meados do mês de janeiro, deve unificar o partido, utilizando como exemplo a eleição do senador José Pimentel (PT-CE), primeiro senador eleito pelo partido no Ceará, que hoje ocupa o cargo de líder do governo no Congresso Nacional.
Contudo, as prévias, processo de disputa interna na agremiação, não estão descartadas. “O PT deve ter um candidato que unifique o partido. Pode até ser que a gente chegue às prévias, isso eu não descarto. Temos nosso ambiente democrático e sabemos lidar com as diferenças, caso elas surjam. Mas no primeiro momento queremos um nome de unidade interna no PT”, afirmou.
Luizianne afirmou que ainda não conversou com partidos da coalizão que pretende manter para 2012 sobre nomes. Por este motivo, segundo ela, não é possível avaliar que candidato teria maior aceitação dessas agremiações. “Não sei qual o grau de resistência ou adesão de uma ou outra candidatura do PT”, disse. A prefeita afirmou que qualquer um dos pré-candidatos tem competência para postular a vaga, porém a experiência administrativa deve pesar na escolha do nome, embora não seja um fator determinante.
“Experiência administrativa pesa muito. Você conhecer a máquina já é meio caminho andado [...] Não tenho a menor dúvida de que, se eu assumisse, em qualquer outro momento, depois de passar pela experiência que eu passei, minha capacidade de realização, devido a maturidade, seria incomparável. Agora não acho que isso seja determinante, porque muitos fatores influenciam uma eleição”, afirmou.
2014 fora da negociação
Questionada sobre o grau de comprometimento do processo eleitoral de 2014, já durante as negociações da sucessão municipal, visando a manutenção da aliança com a base aliada, a prefeita afirmou que “nada foi conversado ainda”.
Contudo, adiantou que “o motor da eleição de 2012 não será a eleição de 2014”. “Não foi tratado nada com relação a essa questão. Até porque 2014 está longe. Além disso, a conjuntura nacional tem um poder grande de definição sobre a conjuntura local. Em 2014 existe a possibilidade de o PSB ter candidato próprio à presidência. Fica difícil falar”, disse.
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