Por Marcelo Migliaccio — Blog Rio Acima
Início de 1982. O repórter foi impiedoso e mandou na lata:
_ Sócrates, a seleção tem você, Toninho Cerezo, Falcão e Zico para apenas três vagas no meio de campo. Que trio o Telê deve escalar?
O objetivo do jornalista era colocar o jogador numa saia justa com os companheiros mas, verdadeiramente modesto e despojado como sempre, o doutor-craque-de-bola respondeu sem pestanejar:
_ Jogam Cerezo, Falcão e Zico. Sai Sócrates.
Noventa e cinco por cento dos jogadores de futebol profissionais responderiam que o técnico é quem iria decidir, que a seleção estava bem servida, aqueles chavões. Outros 5%, mais marrentos, fariam auto-promoção e se escalariam.
Mas Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira não era um jogador como os outros. Formou-se em medicina, era politizado, culto, simples, sincero, calmo. Dentro do campo, usava o calcanhar como ninguém. O calcanhar de aquiles deveria, aliás, ser rebatizado de calcanhar de Sócrates.
Arrebentou na Copa de 82 (Telê achou lugares para os quatro no time titular).
E também jogou bem na de 86, quando mostrou sua personalidade ao perceber que os mexicanos haviam colocado o Hino à Bandeira em vez do Hino Nacional antes da primeira partida do Brasil. Enquanto os outros joga
dores ficaram com cara de tacho, o capitão saiu da tradicional perfilação balançando negativamente a cabeça.
Era muito alto e tinha os pés pequenos, o que, para qualquer um, seria um empecilho à prática do futebol. Não para ele. É verdade que foi mal na Fiorentina, mas outros craques como Didi, Renato Gaúcho e Edmundo também pa
ssaram maus momentos no futebol europeu. Acontece.
Valeu, Sócrates!
_ Sócrates, a seleção tem você, Toninho Cerezo, Falcão e Zico para apenas três vagas no meio de campo. Que trio o Telê deve escalar?
O objetivo do jornalista era colocar o jogador numa saia justa com os companheiros mas, verdadeiramente modesto e despojado como sempre, o doutor-craque-de-bola respondeu sem pestanejar:
_ Jogam Cerezo, Falcão e Zico. Sai Sócrates.
Noventa e cinco por cento dos jogadores de futebol profissionais responderiam que o técnico é quem iria decidir, que a seleção estava bem servida, aqueles chavões. Outros 5%, mais marrentos, fariam auto-promoção e se escalariam.
Mas Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira não era um jogador como os outros. Formou-se em medicina, era politizado, culto, simples, sincero, calmo. Dentro do campo, usava o calcanhar como ninguém. O calcanhar de aquiles deveria, aliás, ser rebatizado de calcanhar de Sócrates.
Arrebentou na Copa de 82 (Telê achou lugares para os quatro no time titular).
E também jogou bem na de 86, quando mostrou sua personalidade ao perceber que os mexicanos haviam colocado o Hino à Bandeira em vez do Hino Nacional antes da primeira partida do Brasil. Enquanto os outros joga
dores ficaram com cara de tacho, o capitão saiu da tradicional perfilação balançando negativamente a cabeça.
Era muito alto e tinha os pés pequenos, o que, para qualquer um, seria um empecilho à prática do futebol. Não para ele. É verdade que foi mal na Fiorentina, mas outros craques como Didi, Renato Gaúcho e Edmundo também pa
ssaram maus momentos no futebol europeu. Acontece.
Valeu, Sócrates!
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