sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Dirceu defende diálogo no PT em torno de eventual acordo com PSD

Embora defenda uma grande aliança, petista lembrou em seu blog que alguns setores do PT são contra a aliança

Gustavo Uribe, de Agência Estado
O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu defendeu nesta sexta-feira, 27, "diálogo" e "paciência" em torno de uma eventual aliança entre PT e PSD à sucessão da Prefeitura de São Paulo. Em seu blog, o petista lembrou que a oferta feita pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontra oposição entre setores petistas e movimentos sociais, mas ressaltou que, para vencer uma eleição, é necessário compor uma grande aliança. "O fato é que a proposta de apoio à candidatura de Fernando Haddad, apresentada pelo atual prefeito, provocou um terremoto no partido na cidade", avaliou. "Primeiro, porque vem com o aval e o apoio entusiasta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo, porque apoio não se recusa", acrescentou. O petista ressaltou que, diferente de Lula, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, já manifestou oposição a uma eventual aliança, assim como outras lideranças da sigla com peso político na capital paulista. "Algumas lideranças alegam que não podemos nos aliar ao prefeito, que negou e renegou todas as nossas políticas públicas." Ele ponderou, contudo, que o PSD, sigla criada pelo prefeito de São Paulo, faz parte da base aliada ao governo federal e reconheceu que há um "longo caminho" a percorrer no debate em busca de um consenso sobre um acordo. "É preciso muita conversa, diálogo e paciência. É necessário, também, o respeito às lideranças e aos movimentos", defendeu. "Caso contrário, podemos perder as eleições, antes mesmo de iniciar a campanha. Não se vence com um partido dividido."
Um eventual acordo entre PT e PSD será a pauta central da reunião do Conselho Político da pré-campanha de Fernando Haddad à sucessão municipal, promovida neste sábado, 28. O encontro, que será o primeiro compromisso do pré-candidato do PT na condição de ex-ministro da Educação, definirá o futuro das negociações entre os dois partidos. 

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