O núcleo luizianista demonstra tranquilidade e nenhuma ansiedade em relação à definição da candidatura. No entanto, a situação dentro do partido já foi mais calma. Internamente, as movimentações estão em suspenso desde o início de dezembro. Fora, praticamente não se saiu da estaca zero.
Na política, contudo, não existe vácuo. Enquanto Luizianne mantém as articulações paradas, outros atores se movem, alheios ao comando da prefeita e presidente estadual. Nessa lacuna que permanece aberta, ganham espaço e se projetam o deputado federal Artur Bruno e o presidente da Câmara Municipal, Acrísio Sena. Bruno se movimenta com intensidade já há algum tempo. O vereador acelerou suas articulações nos últimos dias, ao perceber a postura vacilante do comando político do Palácio do Bispo.
Quanto mais se articulam, menos provável se torna a hipótese de acordo sem sequelas. A possibilidade de disputa ainda não é palpável, mas já esteve mais distante. O problema deixou de ser cumprir prazos pré-definidos. A questão, no momento, é evitar que o processo saia do controle. Tal possibilidade ainda não é tão concreta. Mas já foi igualmente mais remota. Com a rodada de conversas projetada para a próxima semana, esse vácuo de articulação deve ser preenchido.
Grupo de Luizianne mantém confiança
Mesmo com a gradual elevação da temperatura política interna, os setores que comandam o PT e a Prefeitura demonstram confiança absoluta em relação às articulações eleitorais. Para garantir a realização de prévias, um candidato precisa do apoio de um terço do diretório municipal. No caso de Fortaleza, são necessários 15 dos 45 votos.
Artur Bruno teria condição de chegar, no máximo, a nove, segundo avaliações de gente próxima ao gabinete da prefeita. Já quanto a Acrísio Sena, o grupo de Luizianne tem convicção de que ele não criará dificuldades. No entanto, as sequelas serão maiores quanto mais as pré-candidaturas se consolidarem. (Coluna Política / O POVO).
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