Por Anderson Scardoelli
“Revolução de março”. Foi desta forma que o site da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) classificou o ato que deu início à Ditadura Militar no Brasil, em 1964. De acordo com a página oficial, o principal triunfo da ação foi combater a “política sindicalista” de João Goulart, que foi deposto do cargo de presidente da República.Na página, a renúncia do então presidente foi lembrada, além de afirmar que o golpe era de interesse do povo. “Revolução de
março – Em 25 de agosto de 1951, o presidente Jânio da Silva Quadros renunciou a seu mandato. Em 31 de março de 1964 iniciou-se a Revolução, que desencadeada para combater a política sindicalista de João Goulart. Força Pública e Guarda Civil puseram-se solidárias às autoridades e ao povo”, descreve toda a mensagem publicada na seção ‘Histórico’ da Polícia Militar paulista.A informação contida no site da SSP não foi a primeira menção benéfica ao golpe de 1964 divulgada pelo órgão. O blog ‘Radar Político’, do Estadão.com.br, relembrou que o portal da secretaria já tinha publicado que a Rota também tinha se orgulhado de participar da “revolução”, ajudando as Forças Armadas e a sociedade.Os elogios presentes no site da Secretaria de Segurança Pública fizeram com que, em agosto do ano passado, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, criticasse a conduta do governo estadual de São Paulo. “Eu considero que todos os Estados da Federação devem fazer também o seu esforço pelo direito à verdade e à memória e pela democracia”, disse na época.Fora do ar.Com a divulgação da mensagem nas redes sociais e em outros sites, os elogios ao Golpe Militar foram retirados do ar na tarde da última sexta-feira, 27. Segundo reportagem do Portal Terra, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo agradeceu a observação da mídia. “O texto relacionado ao ano de 1964 não reflete o pensamento da Secretaria da Segurança Pública e foi retirado do site. A SSP agradece a observação, sempre atenta, da imprensa”, informou a SSP.
Afirmação elogiosa ao Golpe Militar foi retirado da página da SSP-SP.
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