"A Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Jr., chega ao topo dos Mais Vendidos da revista semanal; no entanto, nenhuma linha sequer é dedicada ao conteúdo do livro que vasculha subterrâneos das privatizações na era FHC; que tal uma resenha para o seu próprio número 1, Veja?
Campeã da categoria Não Ficção, a obra do jornalista indiciado pela Polícia Federal vasculha os subterrâneos da era das privatizações, durante a gestão FHC, e denuncia o enriquecimento de familiares de José Serra. As denúncias são fartamente documentadas pelo repórter investigativo com prêmio Esso (maior do jornalismo). Mesmo abrindo espaço para reconhecer o fenômeno editorial de Amaury, Veja não dá uma linha sequer sobre as acusações publicadas por ele em “A Privataria Tucana”.
Boa parte da imprensa off-line já se manifestou sobre a privataria. Também, pudera, um livro com 120 mil cópias em menos de um mês só pode ser notícia. O público vai atrás, os blogueiros sujos devoram, os curiosos apartidários leem, os tucanos que não devem nem temem, também. Veja, porém, insiste na indiscreta discrição de ficar caladinha. Uma postura completamente impensável se o esquemão com propininha aqui e gravação acolá fosse no governo Lula, Dilma, PT …
Pois a privataria não rendeu nem uma pequena resenha na maior revista de circulação nacional. É o paradoxo do que é notícia, segundo parâmetros da Veja.
É o que vende? É o que interessa ao público? É o número 1 dos mais vendidos de Veja?
Ou nenhuma das anteriores, Veja?
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