sábado, 21 de janeiro de 2012

Sem Serra, Alckmin busca acordo com DEM

Na definição de nome tucano em São Paulo, governador tenta evitar ser refém do PSD; ex-governador, porém, admite acordo com sigla do prefeito
 Julia Duailibi e Malu Delgado, de O Estado de S.Paulo
 Sem a entrada do ex-governador José Serra na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) investirá na aliança com o DEM para não se tornar refém do acordo eleitoral proposto aos tucanos pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD). A proposta de lançar o vice-governador Guilherme Afif Domingos como candidato a prefeito pelo PSD, tendo um nome do PSDB na vice, ganhou força entre aliados de Serra. Ontem o Estado divulgou que o ex-governador já avisou à cúpula do partido que não será candidato na eleição. Até então nome mais forte na disputa, ele pretende disputar a Presidência em 2014.
Comentário
SP  agora tem a sua salada paulista, ou um ninho de mafagafo cheio de mafagafinho. Depois da divulgação do livro A Privatraia Tucana, Serra é o novo FHC do PSDB, ninguém vai deixa-lo nem passar perto do palanque, quanto mais subir. Por falar em FHC, ele anda sumido. Porque será? 

Os aliados do ex-governador veem com bons olhos a candidatura do secretário da Cultura, Andrea Matarazzo, que quer disputar prévias no PSDB, mas trabalham ainda pelo acordo proposto por Kassab, que prevê também o apoio do prefeito à reeleição de Alckmin em 2014. A avaliação é que a aliança com o PSD dará discurso para o candidato tucano, qualquer que seja ele.
O governador vê com desconfiança o acordo e quer garantir o apoio do DEM para não ficar dependente da aliança com o PSD. Segundo apurou o Estado, Alckmin avalia que, sem Serra e sem a aliança com o DEM, crescerá a pressão para que aceite os termos do acordo com Kassab.
A prioridade de Alckmin, adiantam aliados próximos, é a aliança com o DEM e não com o PSD de Kassab, o que é defendido pelo grupo próximo a Serra.
A razão é pragmática, não ideológica: o DEM, além de parceiro histórico, tem tempo de televisão. Kassab, desgastado pelos altos índices de desaprovação à sua gestão, não pode oferecer esse ativo eleitoral ao PSDB, pois o PSD não entrará na partilha dos minutos do horário eleitoral gratuito com os demais partidos.

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