terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Alta rejeição de Serra agrava racha no tucanato paulistano

O ex-governador José Serra (PSDB) já começou a discutir com antigos colaboradores pesquisas para avaliar a viabilidade de sua candidatura à Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano. Com base em pesquisas qualitativas feitas com pequenos grupos de eleitores, um dos grandes desafios do tucanato é tentar reduzir os altos índices de rejeição.

Vermelho
Segundo a sondagem mais recente do Datafolha, concluída em janeiro, 33% dos eleitores de São Paulo dizem que não votariam de jeito nenhum em Serra. O ex-governador está sob forte pressão do PSDB para concorrer à Prefeitura, mas ainda condiciona o lançamento de seu nome à construção de um cenário confortável. Após reiterar publicamente que não deveria participar do pleito municipal, o candidato tucano — derrotado nas eleições de 2002 e 2010 à Presidência da República — voltou atrás e iniciou articulações para viabilizar sua candidatura. Internamente, o desafio de Serra é tentar a unanimidade e a desistência das pré-candidaturas de Andrea Matarazzo, Bruno Covas, José Aníbal e Ricardo Trípoli. 

Segundo a Folha, colaboradores do ex-governador sugeriram que ele acompanhasse a evolução das pesquisas por mais tempo antes de tomar uma decisão. Mas os tucanos temem perder o apoio do prefeito Gilberto Kassab (PSD) se Serra demorar muito para se definir, o que romperia a coalizão que controla a capital desde que Serra se elegeu prefeito com Kassab como vice, em 2004.

A indefinição dos tucanos levou Kassab a abrir negociações com o PT no início deste ano para apoiar o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, mas as conversas foram interrompidas nos últimos dias, depois que Serra indicou que estava reconsiderando sua candidatura. Segundo o prefeito de São Paulo, caso a candidatura de Serra se consolide ele deverá apoiá-lo.
No entanto, se o tucano não se candidatar, Kassab afirmou que será "muito possível" que ele e o seu partido apoiem Haddad. "No passado fomos adversários, não inimigos, mas, como uma aliança se faz olhando para a frente, é muito possível que possa existir essa aliança, se os partidos assim entenderem", declarou o prefeito. "Mas, se Serra for candidato, ele terá meu apoio incondicional", repetiu. 

Racha
Apesar do esforço do governador Geraldo Alckmin para manter seus tradicionais aliados, a costura da coligação que poderia sustentar Serra não está alinhavada. Serra teme a repetição de problemas ocorridos na eleição de 2008, quando o PSDB se dividiu em dois grupos. Uma ala aderiu à campanha de Kassab à reeleição e outra apoiou o lançamento de Alckmin como candidato.”
Matéria Completa, ::Aqui::
http://nogueirajr.blogspot.com/

Nenhum comentário: