A fábula do "quem vai colocar o guizo no pescoço do gato". A metáfora sobre ter sido FHC é de Merval, não minha.
O acadêmico Merval Pereira, o homem que debate a candidatura Aécio Neves nos cafés de Paris - que seria o seu interlocutor? – é portador de um longo bilhete de Fernando Henrique Cardoso, publicado em sua coluna em O Globo.
O recado é, porem, bem direto.
Avisa a Serra que ele tem “horizonte limitado”: a Prefeitura de São Paulo, e não a Presidência.
“Se Serra se convencer de que seu sonho de disputar pela terceira vez a Presidência da República não passa disso, e cair na realidade, ele terá uma disputa difícil, mas viável, para encerrar sua carreira(…)”
Direta também é a advertência:
“Caso fique de fora, tentando ainda impor seu nome a um partido que já se definiu pela busca de alternativa nova representada pelo senador mineiro Aécio Neves, correrá o risco de se frustrar ou de, se sair vencedor de uma disputa sangrenta, não ter mais uma vez o partido a seu lado, inviabilizando uma eventual vitória.”
Loas, só a FHC, o homem que “colocou o guizo no gato” , ao estabelecer que Aécio é o candidato a Presidente e que, generoso, ainda serviu um “sossega, leão” ao próprio Serra, segundo Merval, “obrigando-o a lidar melhor com a realidade que o cerca”.
Que tratamento gentil ao homem que queria ser rei, não é?
Foram-se os amigos, não é senhor Serra? E essa turma aí não joga bolinhas de papel, não. Veja que praga de urubu tucano o acadêmico lhe roga:
“Se insistir em permanecer à espera de mudança do quadro político que o favoreça a longo prazo, pode ficar exposto a ter que terminar a vida pública como senador, na hipótese não tão certa assim de ser eleito em 2014″.
Nem senador? Será que isso teria a var com as informações do “A privataria tucana”. Sabe como é, Merval pode ter ouvidos boatos sobre isso nos cafés de Paris, nunca se sabe…
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