Delúbio Soares (*)
Uma das piores chagas na vida das nações, fator de desagregação social, que leva os trabalhadores e suas famílias à situação de imensas dificuldades de sobrevivências, não consta mais entre nossas preocupações: o Brasil derrotou o desemprego.
Em décadas recentes, antes da chegada ao poder do presidente Lula, do PT e seus partidos aliados, o desemprego custou caro ao trabalhador brasileiro. Ele foi o responsável por algumas das piores páginas em nossa história recente, quando a indústria, o comércio e o setor de serviços experimentaram o desaquecimento da economia, o Brasil suportou à duras penas a inflação galopante, e todos sofremos com o descaso dos governos neoliberais do PSDB para com a questão social e o futuro do país e seu povo. Tristes tempos!
Em 2011, o pleno emprego viveu o seu melhor momento em nove anos, notadamente nas metrópoles (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Fortaleza e Belém do Pará, além de toda a região industrial do ABCD paulista), com as mais altas taxas de desemprego desde 2002, segundo dados oficiais do IBGE. O Brasil produtivo acolheu a mão-de-obra disponível e a utiliza numa economia crescente, onde a indústria opera a pleno vapor e o comércio vive dias de efervescência, alimentando uma cadeia produtiva que tem dado mostras inequívocas de vitalidade e força.
O desemprego cedeu de uma média anual de 6,7% (índice de 2010) para decrescentes 6% em 2011, situando-nos em posição intermediária entre os demais países. Obtivemos índices muito melhores do que os desenvolvidos e equivalentes a latino-americanos e emergentes, excetuando-se a poderosíssima China e o México, de acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional, o FMI. Para quem se acostumou a frequentar a crônica dos desacertos e a escutar o permanente alarme internacional nos anos do tucanato, isso é uma sinfonia aos ouvidos de um Brasil que cresce e já se firmou diante dos olhos do mundo.
Em dezembro de 2011, apenas 4,7% era a modesta taxa de desemprego no país, enquanto países ricos como os Estados Unidos (9,1%), França (9,5%), Itália (8,2%), Rússia (7,3%), sem falar de nossos irmãos da Espanha que enfrentam a lastimável taxa de 20,7% naquela que tende a ser a pior crise de sua história social e econômica.
O presidente Lula, diante da crise mundial de 2008, quando até os Estados Unidos experimentaram o amargor de uma economia em colapso, anteviu que as consequências para o Brasil e os brasileiros seriam mínimas, quase que imperceptíveis: “Será uma marolinha para nós”. Não lhe faltaram as mais ácidas críticas, todas elas desmentidas pela realidade dos fatos, pelo sucesso econômico dos dois governos do grande Estadista e do governo da presidenta Dilma Rousseff, que mantém inalterado o compromisso com o desenvolvimento econômico lastreado na justiça social e na emancipação política do povo brasileiro.
Se em 2008, diante do forte impactado causado pelo estouro da bolha imobiliária norte-americana, da quebra e da forçada fusão de alguns dos maiores e mais tradicionais bancos, financeiras e seguradoras de um mercado que foi à lona, o Brasil não tivesse sob o comando clarividente de um líder da grandeza e da competência de Lula, hoje – quando já somos a sexta economia mundial, tendo ultrapassado a secular e sólida Grã-Bretanha – estaríamos engrossando a lista das nações convulsionadas, com índices de desemprego monumentais e sociedades vivendo a tragédia da depressão econômico-social.
Basta ver as receitas estapafúrdias (socialmente preconceituosas e tecnicamente desastrosas) que nossos adversários, notadamente do PSDB, apresentaram, auxiliados pelos clarins do apocalipse de certa imprensa econômica que (sem conseguir disfarçar sentimentos menores) não consegue conviver com o sucesso de seu país apenas pelo fato dele ser obra dos governos petistas de Lula e Dilma!
O pleno emprego foi conseguido com um governo comprometido com o crescimento econômico através do fortalecimento da indústria nacional, decidido apoiador de nossos empreendedores, antenados nas necessidades de nossa população e defensor do invejável lugar que o Brasil buscou e conseguiu no cenário econômico internacional.
Somente com a continuidade das políticas implementadas ao longo dessa década de administração responsável e consciente, onde um claro projeto de país contemplou a inadiável ascenção de 40 milhões de brasileiros à classe média, retirando-os de terrível pobreza e resgatando-lhes a cidadania, o Brasil permanecerá ao lado das nações que estão escrevendo a história do mundo no século 21.
Esse é o compromisso do PT e de seus aliados: pleno emprego, economia fortalecida e pujante, cidadania e justiça social.
(*) Delúbio Soares é professor
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