As imagens da comunidade de Pinheiro, em São José dos Campos (SP), após a reintegração de posse realizada em janeiro assemelham-se a cenas de caos vistas após a passagem de um furacão. Escombros formados por restos de construção civil, eletrodomésticos, brinquedos, cadernos e CDs foram filmados pela TV Folha em uma reportagem que mostra as famílias da região amontoadas em abrigos, vivendo de suas lembranças.
No vídeo, a repórter Laura Capriglione conta que acompanhou a ação e lembra que os moradores de Pinheirinho tiveram apenas três dias para tentar retirar seus pertences da comunidade. Tempo insuficiente para que 9.000 pessoas conseguissem desocupar a área. Situação que fica clara no depoimento da costureira Josefa Gonçalves Diniz, de 75 anos, que só conseguiu salvar o aparelho de medir pressão, porque no último dia de reintegração os caminhões da prefeitura pararam de ajudar com a “mudança”.
Atualmente o governo do estado está fornecendo uma ajuda de mil reais mensais às famílias desabrigadas para que aluguem algum lugar. O problema, segundo Capriglione, é que a intensa procura inflacionou o aluguel e em função disse os antigos moradores de Pinheirinho estão sendo obrigados a se mudarem para algumas áreas de risco.
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