terça-feira, 6 de março de 2012

FHC e Serra são a farsa tucana, Gilmar Mendes é a herança maldita e para a imprensa São Paulo é o Brasil

Por Davis Sena Filho Via Blog Palavra Livre


Eu sempre considerei o tucano José Serra um farsante, bem como o presidente neoliberal e “mauricinho” que traiu o Brasil e seu povo conhecido pelo nome de Fernando Henrique Cardoso — o Joaquim Silvério dos Reis dos tempos modernos. FHC é pseudointelectual e José Serra não comprovou a conclusão dos cursos de Economia e Engenharia. Eles são o exemplo acabado da frase “Fez a fama deita na cama”. E a imprensa burguesa e privada se encarrega de manter essas falsas “áureas” referentes aos dois políticos do PSDB. Fakes.
Sua atuação como presidente da República poderia ser considerada medieval, apesar de seus bons modos de barão europeu. No governo FHC, o povo brasileiro ficou desempregado, os salários foram congelados e os investimentos em infraestrutura (portos, hidrelétricas, ferrovias, rodovias e construção de casas etc.) educação, saúde, segurança foram pífios, quase ridículos para um País que por enquanto é a sexta maior economia do planeta.
Não satisfeito, o sociólogo que não compreende o povo e não conhece o Brasil tanto quanto entende de salões europeus, implementou um programa econômico que levou o Brasil à bancarrota, afinal tivemos de ir três vezes  ao FMI de joelhos e com o pires na mão, a pedir esmolas e a responder injustamente e de forma humilhante pelo complexo de vira-lata de uma elite tupiniquim entreguista e colonizada, que se recusa a pensar o Brasil e a criar estratégias que permitam o nosso desenvolvimento social.
FHC gosta do FMI e de discurso colonizado
 FHC e Serra são farsantes porque eles não são o que pensam o que são ou o que afirmam o que pensam ser. A verdade é que eles acreditam piamente no que eles gostariam de ser, o que é uma questão de cunho patológico, que deveria ser estudada pelos melhores psicanalistas e psiquiatras do mundo.
Contudo, não esqueçamos que também muitos jornalistas da imprensa hegemônica e corporativa deveriam, obviamente, serem analisados e até mesmo internados para que a comunidade científica e médica possa saber como funcionam cabeças tão desatinadas, mentirosas, reacionárias e manipuladoras.
Colunistas, editores, âncoras, comentaristas, certos repórteres e os barões da imprensa e de mídias elogiam o que não é elogiável, justificam o que é injustificável e defendem o que é indefensável, que é o caso do desgoverno de FHC e também de Serra, que foi ministro durante oito anos, além de ser figura emblemática no processo de privataria das empresas públicas e alter ego do presidente “mauricinho”, que governou para os ricos e se recusou a investir no povo brasileiro.
Afirmo e reafirmo que FHC fracassou, e o emblema desse fracasso é o afundamento ou naufrágio da P-36, a maior plataforma de produção de petróleo no mundo antes de seu afundamento em março de 2001. Os tucanos assumiram o poder e por oito anos não investiram, não ordenaram a manutenção de nossas ferramentas e equipamentos, boicotaram as empresas estatais, com a finalidade de vendê-las a preços baratos, além de financiarem com dinheiro público do BNDES a entrega de nossas estatais.
Empresas da grandeza da Telebras e da Vale do Rio Doce, históricas e importantes para o desenvolvimento do Brasil e alienadas para os compradores estrangeiros e brasileiros, como o banqueiro Daniel Dantas, preso duas vezes e solto por causa de dois habeas corpus (canguru) concedidos pelo ministro do STF, Gilmar Mendes, cujo nome deveria fazer parte do Guiness Book, porque nunca se viu tanta dedicação à causa da liberdade de um megaempresário acusado de crimes financeiros de alta monta, além de outras modalidades de crimes que podem preencher um livro.
Gilmar Mendes é a herança maldita de FHC, porque fez política e deu incontáveis entrevistas, só que ele é juiz. O capa preta alinhou-se às oposições partidárias de direita e conservadoras, defendeu o status quo das elites econômicas e foi desrespeitoso com o grande presidente trabalhista Luiz Inácio Lula da Silva durante seus oito anos de mandato.
O juiz esteve sempre em desacordo com os interesses dos trabalhadores, principalmente com os dos camponeses, e combateu, sistematicamente, as políticas públicas governamentais que atenderam e ainda atendem às demandas das pessoas mais humildes e simples deste País. Gilmar Mendes foi um duro enclave da oposição de direita no Supremo Tribunal Federal, e a atendeu, sempre, quando esta tentava barrar os projetos do Governo trabalhista para o País.
Contudo, este artigo tem propósito de afirmar e concluir que FHC é uma farsa como sociólogo. O presidente neoliberal que vendeu o Brasil não conhece o País onde nasceu e muito menos compreende as diferentes camadas sociais do nosso povo, bem como suas culturas e regionalismos. FHC é um sociólogo em compotas, artificial, com um pé na USP e os dois na Europa, a rica, é claro, porque também existe a Europa pobre e que com a crise internacional está mais pobre ainda.
Derrotado por Dilma, Serra anunciou que voltaria
José Serra — um dos artífices e principal ator político da privataria tucana depois de FHC — se comporta como um ser isolado, preso dentro si e com enorme dificuldade de compreender as demandas e necessidades do povo brasileiro, as contradições políticas e sociais de nossa sociedade, além de ser autofágico por ter imensa capacidade de dividir e não somar em todos os âmbitos, inclusive dentro de seu partido. É como se ele vivesse em um mundo próprio, um local muito parecido com o bairro paulistano onde ele foi criado, porque ele pensa que o Brasil é o bairro da Mooca. José Serra é provinciano tal qual sua cidade, que, apesar de ser uma das maiores do mundo, sua localização geográfica é no interior.
São Paulo é a maior cidade de interior do planeta, e os governantes paulistas desde os tempos do Brasil Império fazem oposição política e até mesmo militar quando o Governo Federal é ocupado por presidentes trabalhistas. Os maiores exemplos foram a tentativa de golpe das elites paulistas em 1932, que eles chamam erroneamente de “Constitucionalista” e o golpe civil-militar que derrubou o presidente trabalhista João Goulart, que estava a propor ao povo brasileiro reformas generosas e de base, que, se fossem concretizadas, o Brasil estaria hoje em um patamar de desenvolvimento muito maior.
O candidato derrotado a presidente e que não consegue cumprir com suas promessas e muito menos terminar mandatos de prefeito e governador é tão paulistano e divorciado das raízes brasileiras que, por mais que se esforce, não consegue entender o povo brasileiro, suas características, culturas e idiossincrasias. Frio e calculista; agressivo e ditatorial; egocêntrico e obsessivo, Serra não consegue ceder e dessa forma não percebe que seu futuro político não tem um céu muito azul.
O PSDB é uma agremiação política dividida e hoje tem somente uma relativa força em São Paulo. Todavia, o governador Geraldo Alckmin e José Serra vivem uma relação de desconfiança, com traições e ausência de apoio, principalmente por parte de Serra quando em época de eleição. Aliás, vale lembrar que José Serra no decorrer das eleições presidenciais jamais apresentou o presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso em seus programas eleitorais. Esta é a verdade que exemplifica o que foi o governo neoliberal dos tucanos, ou seja, elitista e voltado para os interesses dos ricos.


Haddad terá de se preparar para a baixaria dos tucanos
José Serra por tudo o que foi demonstra ser um homem alienado, desconectado das realidades que se apresentam, a começar pela crise do capitalismo, que, na verdade, não está em crise e sim a experimentar um processo de mudanças estruturais no que diz respeito ao sistema financeiro, às formas de produção de bens, as relações de trabalho, à propriedade da terra, ao combate aos monopólios e o principal: à distribuição de riqueza e renda. O capitalismo é selvagem. Representa o homem em uma selva, a ser predador de sua própria espécie para que poucos, em termos populacionais, serem privilegiados.
A reestruturação do capitalismo é intrínseca ao fim de colonialismo imperial em termos globais. Evidentemente que países poderosos vão continuar a invadir países menores, mas nunca em escala mundial como ocorria até os anos 1970/80 do século passado. Os brancos ricos europeus e estadunidenses vão ter que criar novas formas de sobrevivência, ou seja, vão ter de cooperar para que as riquezas do planeta sejam divididas de forma sustentável porque é imperioso que outros continentes e países se desenvolvam, se eduquem, porque somente por intermédio da educação e da consciência de que o planeta não pertence a poucos e muito menos somente à espécie humana.
O neoliberalismo foi muito mais um esquema financeiro de rapinagem e malandragem do que propriamente econômico. Os neoliberais conscientes são piratas, e, os inconscientes, bobalhões, inocentes inúteis e não úteis, que se tornaram cúmplices de um esquema de roubalheira jamais visto no mundo moderno, que levou países à bancarrota, à falência e às inevitáveis visitas de técnicos vinculados ao FMI, ao Bird e a outros órgãos ou instituições de hegemonia e poder que sugavam as economias dos países emergentes e pobres para manter seus altos padrões de vida, baseados na obsessão pelo consumo desenfreado que até hoje prejudica a nossa biosfera e causa dor e tristeza a muitos povos que são obrigados a viver na pobreza, que, para mim, é uma pandemia, a pior doença da humanidade, que um dia vai ter de ser sanada.
Se não fossem as mídias corporativas e a imprensa privada (privada nos dois sentidos, tá?), partidos de direita como o PSDB e políticos conservadores ou que se bandearam para o conservadorismo como o tucano José Serra não teriam essa relevância toda.
A população brasileira sabe que sua vida mudou, e para melhor. Quem finge que não sabe que o Brasil se tornou um País poderoso e com um mercado interno e uma classe média enormes é o baronato das mídias, os partidos de direita e as entidades representativas do empresariado rural e urbano mais conservadoras, que adoram dar um tiro no pé, mesmo a saber que os governos trabalhistas os tornaram ainda mais ricos, porque o povo passou a viver melhor e a consumir mais, o que redundou em um círculo de pleno emprego, bem como em sensação de bem-estar social.
Venderam o Brasil, foram ao FMI três vezes, afundaram a P-36, não criaram empregos e fizeram o apagão energético
  
As realidades aqui observadas nunca foram colocadas em prática pelos tucanos neoliberais e a imprensa corrupta cúmplice da privataria nunca conseguiram realizar, concretizar. Esta é a verdade. O resto é tro-lo-ló, como diz o egocêntrico Serra, ou proselitismo barato, para ser redundante. O problema maior dos tucanos é que eles são divorciados do povo brasileiro, como bem exemplificou a jornalista da “Folha de S. Paulo”, Eliane Catanhêde, que na convenção nacional do PSDB afirmou, com alegria e orgulho, que o partido dos tucanos neoliberais é composto por uma “massa limpinha e cheirosa”. Os tucanos paulistas provaram, no poder, que foram, são  e serão assépticos. E não poderia ser de outra forma, afinal eles representam a classe média de perfil de conservador e os ricos.
O neoliberal José Serra tem muitos obstáculos a superar no que é relativo ao processo político que se apresenta. O tucano tem apenas um projeto: conquistar a Presidência da República. Para isso, ele age como um trator e assim cria profundas rachaduras dentro do PSDB. Sabedor que suas chances para se tornar um dia presidente são diminutas, Serra se apresenta novamente como candidato à Prefeitura, só que o cargo de prefeito lhe causa náusea, tédio e preguiça.
Quando prefeito de São Paulo, seu trabalho para resolver os problemas da cidade foi pífio. Só fez política e sempre em âmbito nacional. Para “coroar” sua incompetência como prefeito, abandonou a Prefeitura no meio do mandato e não respeitou sua promessa assinada em documento e divulgada pela sua mais importante aliada política, a “Folha de S. Paulo”, de que cumpriria seu mandato até o fim. Com isso, resta uma verdade: o que o Serra fala não se escreve.
Com medo de perder o poder nas bandas paulistas, os tucanos perceberam que sem o Serra ficaria difícil vencer as eleições de outubro próximo. O surgimento do PSD de Gilberto Kassab, partido que vota junto com a base do Governo Federal no Congresso, dividiu a direita paulista, que ainda tem como representante o deputado Celso Russomano, do PRB, forte candidato à Prefeitura e herdeiro de parte substancial dos votos do ex-governador Paulo Maluf.
A imprensa é tucana e pensa que o País é São Paulo
A candidatura de Fernando Haddad, ex-ministro da Educação dos governos petistas, tem o apoio da presidenta Dilma Rousseff e do estadista Luiz Inácio Lula da Silva. O PT estava a amarrar aliança com o prefeito Kassab, o que tornaria a candidatura Haddad ainda mais forte. Os tucanos pressionaram José Serra para assumir a candidatura, inclusive Fernando Henrique, que dias antes tinha sepultado a candidatura José Serra para presidente da República em prol do senador Aécio Neves, que gera desconfiança no PSDB, que é um partido provinciano e praticamente paulista.
O PT e o Governo vão ter de procurar novas alianças. Para isso, o senador Marcelo Crivella foi nomeado ministro da Pesca e Aquicultura, o que vai fazer com que o PRB nacional converse com o candidato Celso Russomano, no sentido de ele apoiar Fernando Haddad nem que seja no segundo turno. Contudo, o ideal para o PT é que Russomano desistisse da candidatura e posteriormente fosse valorizado no que concerne a ele ter participação no Governo Federal ou na administração da Prefeitura de São Paulo.
O eleitor de São Paulo, apesar de ser conservador, elegeu candidatas progressistas como Marta Suplicy e Luiza Erundina. O cenário político na maior cidade do Brasil é confuso, mas não ao ponto de não se saber quem é quem. Fernando Haddad foi um ótimo ministro da Educação, competente e com profunda sensibilidade social e que incluiu milhares de estudantes brasileiros de baixa renda nas universidades federais e nas particulares, mediante oferta de bolsas e de financiamento por meio do Banco do Brasil.
O ponto central vai ser José Serra, político de postura isolacionista e que não conhece o povo e muito menos o Brasil. São Paulo é grande, é rica e é forte, porém, não é o Brasil em seu todo e em sua diversidade cultural. O Brasil é maior e mais poderoso do que São Paulo. A população paulistana sabe que José Serra foi um dos pais do entreguismo das empresas estatais do País, bem como das empresas públicas de São Paulo, que foram alienadas e vendidas a preço de banana.
Seus principais aliados não confiam plenamente nele, a não ser a imprensa golpista e corrupta que detesta o estado como indutor do desenvolvimento da Nação ao tempo que não abre mão de ganhar muito dinheiro por intermédio do estado, ou seja, do povo, que por meio de taxas e impostos sustenta o estado. Serra não conhece o Brasil; e Fernando Henrique também. Serra não tem compromisso com o Brasil e sim com os interesses das elites econômicas nacionais e estrangeiras. É isso aí.
  
Em entrevista ao jornalista Boris 'Gari' Casoy, o eterno candidato tucano a qualquer cargo José Serra diz que o Brasil se chama Estados Unidos do Brasil e se surpreende ao ser corrigido pelo gari Casoy: "Mudou?"  Desde 1967 o Brasil é a República Federativa do Brasil. A bolinha de papel deve ter causado danos ao tucano paulista. Ele e os outros tucanos realmente não conhecem o Brasil.

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