Depois de abrir inquérito para investigar o senador Demóstenes Torres (GO), Supremo abre investigação contra os deputados federais Carlos Leréia (PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ), também suspeitos de ligações com Carlinhos Cachoeira
Fernando Porfírio _247 - O Supremo Tribunal Federal mandou abrir inquéritos contra os deputados federais Carlos Leréia (PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ). Eles são suspeitos de ligações com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A abertura de investigação atendeu pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
O chefe do MPF requereu o desmembramento do inquérito que tem como principal investigado o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Agora, serão três inquéritos autônomos para investigar cada um dos parlamentares.
A decisão foi tomada nesta terça-feira (24/4) pelo ministro Ricardo Lewandowski. No mesmo despacho, o ministro acolheu o pedido de desmembramento do processo em relação a diversos outros investigados. No STF correrão os inquéritos que envolvem Demóstenes e os deputados federais.
Pela decisão, as investigações que tratam das ligações do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, com o grupo de Cachoeira devem seguir para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ministro Lewandowski permitiu o desmembramento do inquérito em relação ao governador do DF.
Lewandowski também acolheu o pedido de desmembramento do inquérito em relação a Carlinhos Cachoeira, Cláudio Abreu, Enio Andrade Branco, Norberto Rech, Geovani Pereira da Silva e Gleyb Ferreira da Cruz. Os cinco são citados nas investigações da Polícia Federal como integrantes da suposta quadrilha chefiada por Cachoeira. Como não têm foro privilegiado, o processo deve seguir para a primeira instância da Justiça Federal em Goiás.
O ministro do STF rejeitou o pedido para incluir no inquérito contra Demóstenes o irmão do senador, procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres. De acordo com o MPF, as condutas de Benedito têm “conexão com os fatos investigados” no inquérito que tramita no Supremo contra o senador.
O pedido foi rejeitado porque o irmão do senador não possui foro por prerrogativa de função no Supremo. O foro competente para processar e julgar o procurador-geral do estado é o Tribunal Regional Federal.
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