terça-feira, 12 de junho de 2012

PSB recusa nome do PT e anuncia candidatura própria em Fortaleza

Último Segundo: Após reunir partido, Cid Gomes afirmou que pré-candidato petista representa “continuidade de modelo exaurido”, referindo-se às dois mandatos de Luizianne Lins.
O PSB terá candidatura própria na disputa pela prefeitura de Fortaleza. O anúncio da decisão de não apoiar o pré-candidato do PT, Elmano Freitas, foi acompanhado de críticas à gestão petista da prefeita Luizianne Lins.
“O candidato que a Luizianne Lins indicou é um candidato que, para nós, representa a continuidade do modelo que o PSB entende exaurido”, afirmou o governador Cid Gomes (PSB) na noite desta segunda-feira (11) ao final da reunião de quase quatro horas com membros dos diretórios municipal e estadual da sigla.
O PSB irá realizar a convenção partidária para oficializar a candidatura no próximo dia 23. Três nomes foram indicados para concorrer nas eleições na capital: o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado Roberto Cláudio, o vereador Salmito Filho e o ex-secretário especial da Copa, Ferruccio Feitosa – exonerado da pasta na última semana para permanecer no páreo.
A aliança entre PSB e PT no Ceará começou em 2004, quando os socialistas apoiaram a candidatura desacreditada da petista. Na época, boa parte do partido - incluindo a direção nacional - aportou na candidatura derrotada de Inácio Arruda (PCdoB). Em 2008, as bodas foram renovadas com a reeleição da prefeita. Nesse meio tempo, em 2006, o PSB se beneficiou com a vitória de Cid Gomes e, em 2010, com sua reeleição folgada logo no primeiro turno – sempre com o apoio do PT.
Apesar da parceria antiga, a administração petista em Fortaleza tem no ex-ministro Ciro Gomes - irmão mais velho do governador Cid - seu principal crítico. Ciro apontou problemas nas áreas de saúde e educação como justificativa para não apoiar Elmano Freitas. Contudo, não afastou a hipótese de haver aliança diante de um eventual segundo turno. “A vontade que temos é de lançar nosso candidato para o primeiro turno e deixar os entendimentos para o segundo turno, como é próprio”, ponderou.
Nos próximos onze dias, até a data marcada para a convenção partidário, o PSB trabalhará para manter a aliança com o PMDB.

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