terça-feira, 14 de agosto de 2012

STJ autoriza abertura de inquérito para investigar governador Marconi Perillo


Político de Goiás é suspeito de ter ligação com grupo de Cachoeira.
Defesa alega que pedido de investigação partiu do próprio Perillo.

Gabriela LimaDo G1 GO

O governador de Goiás fala em sessão da CPI do Cachoeira (Foto: Reprodução / TV Senado)
Governador de Goiás durante depoimento à CPI
do Cachoeira (Foto: Reprodução / TV Senado)
O Superito Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a abertura de inquérito para investigar as relações do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), com o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso durante a operação Monte Carlo suspeito de comandar um esquema de jogos ilegais e corromper agentes públicos em Goiás e no Distrito Federal. O pedido foi feito pelo procurador-geral da República, roberto Gurgel.
Segundo a assessoria de imprensa do STJ, o processo corre em segredo de Justiça. As investigações serão conduzidas pelo ministro Humberto Martins, relator do inquérito.
Advogado de Perillo, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse ao G1 por telefone que a decisão atende a um pedido do próprio Perillo, protocolado em abril deste ano na Procuradoria-Geral da República. Segundo o defensor, o governador goiano tomou a iniciativa por não ter "nenhum tipo de relação que preocupe com o grupo de Cachoeira".
"É a primeira vez em 30 anos que eu peço para que um cliente meu seja investigado. Achei inusitado e até audacioso, mas o Marconi, como homem público, quer colocar tudo em pratos limpos e mostrar que essa CPI [do Cachoeira, instaurada no Congresso Nacional] é um instrumento político", argumentou Kakay. Segundo ele, o inquérito só foi aberto em agosto por causa do recesso forense do mês de julho.
Antes de ir parar nas mãos do ministro Humberto Martins, o pedido de abertura de inquérito de Perillo havia sido distribuído para a ministra Laurita Vaz. Por ser natural de Goiás, a integrante da Corte Especial do STJ se declarou impedida de conduzir as investigações e o processo precisou ser redistribuído.

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