segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Altamiro Borges: Serra explora o “mensalão” na TV



Por Altamiro Borges

Os marqueteiros insistem na tese de que a propaganda eleitoral na rádio e televisão é para apresentar propostas, nunca para criticar os adversários. “Quem ataca, perde”, garantem. O comando da campanha de José Serra à prefeitura da capital paulista, porém, parece que não segue este dogma. Nesta semana, o eterno candidato tucano resolveu levar o midiático julgamento do chamado “mensalão do PT” ao horário eleitoral, num duro e frontal ataque ao petista Fernando Haddad.

Desesperado com a queda nas pesquisas e com o risco de nem ir ao segundo turno, Serra explorou pela primeira vez o tema na tevê – ele já havia usado a mesma munição em programas de rádios e nos eventos fechados. Ele escolheu o Dia da Independência, 7 de setembro, para falar sobre “honra” e “caráter” na política. Logo ele! “São Paulo e o Brasil estão vendo o Supremo Tribunal Federal julgar o mensalão, mandando pra cadeia um jeito nefasto, maléfico, de fazer política”, atacou Serra, num discurso patético e risível.

Com esta ofensiva, fica a pergunta: os marqueteiros de Haddad vão manter a mesma linha “propositiva”, adocicada, nos programas de tevê do candidato? Será que não vão falar nada sobre privataria tucana? Não vão usar o livro de Amaury Ribeiro Jr., que mostra com farta documentação como familiares de José Serra – filha e cunhado – lavaram dinheiro das privatizações de FHC nos paraísos fiscais? Será que o dogma do “quem ataca, perde” é realmente correto? Na campanha de Dilma, em 2010, esta tática quase levou à derrota!

Altamiro Borges: Serra explora o “mensalão” na TV

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