sexta-feira, 8 de março de 2013

Dirceu desafia Aécio: faça "dossiê sobre Petrobras"

Em palestra realizada em Aracaju, ex-ministro José Dirceu ironiza oposição: "[O senador] Aécio Neves disse que vai fazer um dossiê sobre a Petrobras. Eu estou louco para ele publicar o dossiê, porque aí a gente vai publicar o dossiê dos oito anos do Fernando Henrique; que mudaram o nome da Petrobras para Petrobrax. Queriam vender a Petrobras, como venderam o setor de transmissão e distribuição elétrica e começaram a vender o setor de geração e o país entrou no apagão"; Dirceu disse ainda que Dilma será reeleita em 2014 e evitou comentar a proibição de viajar para comparecer ao velório de Hugo Chávez.
Valter Lima _Sergipe 247
- O ex-ministro José Dirceu afirmou, nesta quinta-feira (7), em Aracaju, durante a plenária sobre os 10 anos dos Governos do PT na Presidência da República, que a presidente Dilma Rousseff será reeleita em 2014. Segundo ele, porque "ela tem o apoio da imensa maioria dos brasileiros, a economia vai voltar a crescer este ano e crescer mais no ano que vem, os investimentos externos vão continuar entrando no país e a inflação está caindo". Ele estimulou a militância a continuar defendendo o legado dos governos Lula e Dilma e ironizou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência. "Aécio Neves disse que vai fazer um dossiê sobre a Petrobras. Eu estou louco para ele publicar o dossiê, porque aí a gente vai publicar o dossiê dos oito anos do Fernando Henrique, que mudaram o nome da Petrobras para Petrobrax. Vocês se lembram? Queriam vender a Petrobras, como venderam o setor de transmissão e distribuição elétrica e começaram a vender o setor de geração e o país entrou no apagão, porque eles pararam de investir, como pararam de investir no saneamento para privatizar o saneamento. Pararam de investir no setor de infraestrutura. Quando nós chegamos, este setor estava sucateado", afirmou. Cerca de 200 pessoas lotaram o auditório do Sindicato dos Bancários, em Aracaju. Lideranças políticas do partido, como o deputado federal Márcio Macêdo, os deputados estaduais Conceição Vieira e João Daniel, o presidente do PT, Silvio Santos, além de vereadores, secretários de Estado e representantes de outras legendas compareceram ao evento. Antes da palestra, José Dirceu visitou o governador Marcelo Déda (PT). Quando questionado, o ex-ministro disse que não comentaria a proibição do Supremo, que não o autorizou a comparecer ao velório de Hugo Chávez, na Venezuela. Diferenças Durante o evento, no qual falou por 40 minutos, José Dirceu recusou a avaliação, feita pela oposição, de que Lula manteve a política econômica criada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "A direita tenta criar a ideia de que Lula fez tudo que fez porque continuou o que o FHC vinha fazendo. Isso é absurdo. Lula passou a fazer o inverso do que o Fernando Henrique estava fazendo. Não há continuidade. Uma coisa é você utilizar instrumentos econômicos, como o câmbio, os juros, o superávit, outra coisa é você tomar o mesmo rumo e direção. Nós viramos, de certa maneira, de cabeça para baixo, a política econômica do Brasil, ao privilegiar a distribuição de renda, o mercado interno, o aumento do salário, a fazer política externa que o Brasil não tinha, entre outras ações", disse. Ele estimulou os presentes a irem para as ruas fazer a comparação e o debate político, porque há um "massacre na mídia" contra o PT. "A direita já perdeu a batalha eleitoral. Por isso, ela começa a desmoralizar a política porque nesse campo ela está derrotada. Temos que mobilizar. Precisamos conversar com o povo. Precisamos levar a nossa verdade, evangelizar. A direita tem os poderosos meios de comunicação. E por isso, temos que fazer o que estamos fazendo aqui, o que Lula está fazendo também, que é mostrar que o Brasil está mudando", disse. Ao falar sobre o julgamento da ação penal 470, conhecida como mensalão, José Dirceu criticou o fato de ter ocorrido durante o período eleitoral. "A AP 470 foi a boca de urna do supremo. A direita e a mídia usaram isso. Temos que aprender a lição do que ocorreu e não subestimá-los", disse.
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