terça-feira, 16 de abril de 2013

Fortaleza: os 100 dias de quem governa sem te conhecer

Lembramos a situação que Fortaleza se encontrava em janeiro de 2005, quando a prefeita Luizianne Lins assumiu, e comparando com a cidade que ela entregou, temos consciência de que tínhamos muitas conquistas e plantado as bases para um avanço ainda maior.
Roberto Cláudio se apresentou, principalmente no segundo turno, como candidato que não enxergava avanços no governo do PT e detentor de soluções rápidas e fáceis para todos os nossos problemas e desafios.
Nos primeiros dias, assistimos o prefeito visitar postos de saúde. Até nos animamos, porque assim ele conheceria o sistema de saúde, de que tanto falava só por ouvir dizer. Achei que assim tomaria a importante decisão de realizar o concurso para médicos e demais profissionais de saúde. Mas, infelizmente, o prazer pelo gabinete falou mais alto e a única decisão tomada foi deixar de visitar os postos de saúde.
No governo do PT, garantimos a passagem de ônibus mais barata e tivemos a frota de ônibus com idade média reduzida, além da tarifa social e meia ilimitada. Quem não lembra na campanha Roberto Cláudio dizer que a integração total do transporte publico (ele chamava bilhete único) era algo simples, fácil, que a prefeita Luizianne Lins não fazia porque não queria. E no governo do PT cerca de 15% do sistema já estava integrado. Passaram-se 100 dias e até agora não implantou sua proposta. E ainda temos o serio risco de forte elevação do preço da passagem de ônibus.
A educação que vivenciou nos anos da gestão petista a construção de cerca 1.000 salas de aula e uma importante valorização do professor, com melhorias salariais, planos de cargos e carreiras, licenças-prêmio pagas, liberação para mestrados e doutorados, agora vivencia o sofrimento da arrogância e do autoritarismo, sob o manto de um tecnicismo em que os “técnicos” só são aproveitados após aprovação do olhar político do secretario e deputado estadual Ivo Gomes.
E diante do primeiro problema enfrentado, como era o caso do calendário escolar, temos a receita: o filho dos pobres podem ter menos dias letivos. Ressalte-se que a rede de pais e mães dos alunos apresentou alternativas para resolver o problema sem prejudicar o direito das crianças. Não foram ouvidos e as boas sugestões desconsideradas. Mas como não bastasse, o autoritarismo exigiu retirar do Conselho Municipal de Educação o vereador do PT, companheiro Guilherme Sampaio, pelo simples fato de divergir e apresentar propostas. A arrogância não tolera democracia.
O novo prefeito, caso conhecesse as políticas públicas em andamento no governo do PT, e os complexos desafios da quarta capital do país, teria se concentrado em elevar as receitas de nosso município com a finalidade de melhorar os serviços públicos, especialmente a saúde com mais profissionais e melhores condições de trabalho, mais habitação popular com saneamento, e um profundo processo de mais formação, capacitação e valorização dos educadores, alem da decisiva ampliação de nossa rede de educação infantil.
As consequências do pouco conhecimento do novo prefeito da cidade e da Prefeitura de Fortaleza fez ir na direção contrária, pois sua decisão foi demitir pessoas, encaminhadas com perseguição política, e reduzindo serviços fundamentais como o terceiro turno de nossos postos de saúde. Ou seja, em vez de buscar aumentar a receita e contratar mais profissionais para os postos o prefeito decidiu acabar com tão importante serviço para o nosso povo.
Passados 100 dias, esse governo não disse a que veio, mas preocupa por sua falta de criatividade e ousadia. Ao contrário, tentaram nesses meses construir uma sensação de caos para justificar sua falta de ações por puro desconhecimento da máquina pública e falta de projetos consistentes.
Após cem dias da gestão do governo Roberto Cláudio, os cidadãos e cidadãs da quarta capital do país vão descobrindo que as soluções fáceis e rápidas, que o então candidato afirmava em campanha, não passavam de discurso enganoso para uma disputa eleitoral.
Elmano de Freitas

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