quinta-feira, 11 de abril de 2013

Roberto Cláudio, o retrocesso, SINDIUTE, sindicalismo "pelego"

Por Antonio Ibiapino - editor do Blog da Dilma - Fortaleza - comandante13410@gmail.com
No primeiro ano do governo Luizianne Lins do PT, o aumento nos salários dos professores do município foi equivalente a três vezes o valor da inflação do período; alem disso aconteceu uma coisa muito positiva e inovadora, que foi a diferenciação dos índices de aumento pelos quais os profissionais que ganhavam menos receberam aumentos maiores. Já no segundo ano o aumento foi de 10% para todos e mais uma vez bem superior à inflação.
No ano de 2007, o terceiro de seu mandato a prefeita implantou o Plano de Cargo e Carreira, com ele os aumentos foram variados de conformidade com os diversos níveis. Em alguns deles foram obtidos percentuais superiores a 40%. Em oito anos a política salarial da administração do PT garantiu aos professores um pouco mais de 86% de ganho real. Se nos governo do ex-prefeito Juraci Magalhães o SINDIUTE reclamava perdas de 47%, no governo Luizianne o saldo foi bastante positivo em favor dos trabalhadores e trabalhadoras do setor; prova disse é que em 2005 a folha de pagamento era equivalente a 15 milhões de reais e em 2012 chegou a 34 milhões.
Em 2013, inicio do governo Roberto Cláudio temos um prenuncio de retrocesso, o aumento dado foi inferior a inflação do período aquisitivo da categoria. De modo que os professores (as), já iniciam acumulando perda salarial o que não é bom.
Outra coisa que também não é boa é a subserviência dos sindicatos. A coisa é tão séria que uma das diretoras do SINDIUTE, Ana Cristina chegou a dizer que o prefeito não teria condição de dar um aumento maior por causa do rombo deixado pela administração anterior. Esta justificativa não passa de um ato covarde para enganar a categoria, haja vista que não há rombo nenhum, pelo contrário, a prefeitura de Fortaleza ficou saneada e em condições de avançar cada vez mais na promoção da cidadania de povo. Ainda em relação a esta afirmação da sindicalista e inclusive diretora da CUT Ceará, Ana Cristina, cabe-nos perguntar em quem ela acredita: se nos petistas que participaram do governo ou no grupo oligárquico da família Ferreira Gomes, que transformou o município de Fortaleza em uma secretaria de estado do governo patrimonialista em curso e que por inúmeras vezes nos últimos vinte anos, espancou e humilhou os trabalhadores e os movimentos sociais em nosso Estado?
Além do mais, o dever ético de um sindicalista não é medir o tamanho do aumento e por conseguinte o tamanho da melhoria de vidas dos trabalhadores de sua categoria pelas ações deste ou daquele governo passado, mas pelas necessidades reais e presentes da mesma.
As lagrimas doridas do SINDIUTE através de alguns de seus dirigentes não rolam pela piedade graciosa ao "prefeito" Roberto Cláudio, mas por um interesse oculto aos olhos de muitos. O fato é que o SINDIUTE, não existe de direito e seus diretores sabem que o Ivo Gomes, não é a Luizianne tolerante e companheira, e, que no primeiro rapapé do sindicato, ele (Ivo Gomes) retiraria o repasse inerente a mensalidade sindical, inviabilizando a existência do referido sindicato. Este sim, é o verdadeiro rombo. Não nas financias da prefeitura, mas na mente de algumas pessoas.
Reconhecemos o SINDIUTE como um instrumento real da classe trabalhadora, independentemente do que pensa a burguesia e a oligarquia ferreira gomes. Não se questiona a sua legalidade, mas a subserviência posta neste momento; que se não for revista imediatamente colocará uma mácula sem precedentes na história de luta e resistência deste sindicato, que é fruto da rebeldia e coerência do movimento sindical classista no Ceará.

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