quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Minas da propaganda e a Minas da realidade

Por Durval Ângelo Andrade*
São evidentes os sinais de esgotamento da política tucana em Minas Gerais. Somos hoje o segundo Estado mais endividado do país, o que corresponde a 15,5% da dívida pública estadual brasileira.  A Minas da propaganda que avança, não representa a realidade vivida pelos mineiros. Os serviços oferecidos pelo Estado são precários, professores recebem abaixo do piso nacional e a segurança pública está um caos. 
A situação econômica do governo tucano desandou, o que tem obrigado ao governador Anastasia a tomar medidas emergenciais. Neste mês, foram anunciadas o fim de cargos e secretarias para cortar gastos. A maior parte da estrutura administrativa que sofrerá alteração foi criada pelo próprio Anastasia e por seu antecessor, o hoje senador Aécio Neves.
Essas medidas são tratadas pela imprensa como modelo de gestão e exemplo para outros governos. Mas somente depois de dez anos de governo do PSDB, eles identificam cargos e secretarias ociosas?
A verdade é que durante uma década a população do Estado foi bombardeada com falsas propagandas e induzida a acreditar no “choque de gestão” e no “déficit zero”. O modelo de gestão eficiente foi plantado através de propagandas e da grande imprensa.
Depois de três governo do PSDB, o Estado colhe os frutos do “ choque de indigestão”. Entre 98 e 2012, a dívida contratual de Minas aumentou 301% em  valores correntes. Saltando para R$ 74,712 bilhões. 
O déficit zero é uma mentira e o  choque de gestão não passa de um imenso arrocho salarial, com corte de investimentos em áreas primordiais, como educação e saúde. O Estado não investe se quer o mínimo estabelecido por lei de 12% na saúde e 25% da educação.
O senador Aécio Neve é inclusive réu em uma ação do Ministério da Saúde. Ele é investigado pelo desvio de R$ 4,3 bilhões da área em Minas e pelo não cumprimento do piso constitucional do financiamento do sistema público de saúde no período de 2003 a 2008, período em que ele foi governador do Estado. Tudo isso maquiado pela grande imprensa.
O que notamos em Minas é uma farsa. Entre a Minas da propaganda e a Minas da realidade há um abismo, onde os mineiros vivem a cada dia de forma mais precária.
*Durval Ângelo Andrade é deputado estadual pelo PT/MG, presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALMG, teólogo e professor
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