sábado, 30 de novembro de 2013

Dilma joga como artilheira e Lula segue sendo o Pelé

Presidente fez cinco gols sobre os adversários, a medir pelos cinco pontos percentuais de crescimento dela sobre Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) na pesquisa Datafolha divulgada neste sábado 30 em relação a de outubro; no "banco de reservas", ex-presidente despontou acima de todos com um mínimo de 52% e um pico de 56% de intenções de votos; ambos venceriam eleição de 2014 em primeiro turno; resultados mantêm time petista em paz e empurram para a oposição o dilema de como se sintonizar com o povo.
47 – A presidente Dilma Rousseff marcou cinco gols na pesquisa Datafolha entre os levantamentos de outubro e novembro, mas o ex-presidente Lula continua se mostrando o "Pelé no banco de reservas", como definiu o ministro Gilberto Carvalho.
Enquanto Dilma avançou, no cenário que inclui o tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos como adversários, de 42% para 47% das intenções de voto, Lula obteve, no mesmo cenário, 56% de menções ao seu próprio nome, tirando três pontos percentuais de cada um dos dois presidenciáveis do PSDB e do PSB.
Ambos, Dilma e Lula, venceriam em primeiro turno, mas só um deles poderá concorrer pelo PT.
A preferência é toda da presidente Dilma, que conta com reiteradas declarações de Lula de que ela é a sua candidata à reeleição. Dentro do PT, essa é a lógica que vigora. Considerar publicamente o ex-presidente como postulante ao cargo é tomar parte no chamado "fogo amigo" contra Dilma. Assim como é impensável, neste momento, que os partidários da reeleição da presidente cogitem dar a vez ao ex na disputa de 2014.
Mesmo assim, nas últimas semanas voltou a constar das conversas de personagens graduados da cena política, empresários pesos-pesados e representantes do grande capital o cálculo de que, a depender das condições da economia no próximo ano, Dilma e Lula troquem de papéis.
BOLA DIVIDIDA - Como estrelas máximas do time petista, nenhum dos dois principais interessados no assunto vai entrar nessa bola dividida. Para que o jogo do qual eles participam continue a ocorrer sob a égide da boa camaradagem e da sintonia fina, a pesquisa Datafolha chegou num ótimo momento – e com resultados que contribuem para aplacar arroubos de impertinência ao acordo estabelecido entre a artilheira que está em campo e o camisa 10 no banco de reservas.
Isso porque os números apurados são ótimos para ambos. Dilma cresceu sobre seus adversários, aumentando a margem de vitória em primeiro turno. Lula manteve a posição de principal liderança popular do País, com larga distância sobre os adversários dos outros partidos.
À medida em que trouxe uma positiva oscilação de cinco pontos percentuais para Dilma, o levantamento deu a Lula nunca menos de 52% de intenções de voto, no caso de disputar contra Marina Silva (PSB) e José Serra (PSDB).
Assim como abriu frente sobre os adversários, Dilma aproximou-se mais das intenções de voto dadas ao ex-presidente, redobrando a confiança no PT de que, com ela ou com Lula, o projeto político do partido estará garantido.
Jogando para a oposição o dilema de perseguir e alcançar os dois maiores quadros políticos do PT, os resultados do Datafolha também servem para afastar qualquer sombra de divergência, neste momento, entre a presidente e seu antecessor. Não surgiu, afinal, nenhum motivo eleitoral para que se queira mexer no time que está ganhando. A partida, no entanto, só termina no final do primeiro semestre do próximo ano, quando a lei obriga a definição oficial dos candidatos de cada partido.
São a economia e suas surpresas os elementos que podem voltar a agitar a torcida. Até aqui, o PT com Dilma no gramado e Lula como seu double está mesmo jogando por música, como se diz na gíria do futebol.

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