domingo, 5 de janeiro de 2014

A lição do “primo pobre do sul” ao “primo rico do norte”

Reproduzido do Blog do Zé Dirceu: A redução da desigualdade da renda sempre esteve no centro das preocupações e na pauta das análises do ex-ministro José Dirceu. Fieis a isso, nós da equipe do seu blog – que o fazemos até ele ser autorizado a voltar a fazê-lo – recomendamos a análise do economista José Carlos Peliano, publicada na Carta Maior, sobre as oscilações da desigualdade da renda no Brasil e nos Estados Unidos.
Com base no texto de Paul Krugman, publicado na última 4ª feira, no The New York Times, Peliano mostra a diferença do comportamento da renda dos mais pobres nos dois países. Nos EUA, o aumento da desigualdade de renda, entre os anos 2000 e 2012, levou a uma perda de 8% da renda total para 90% dos norte-americanos dos estratos inferiores da população. No Brasil, o processo foi exatamente inverso
“Não apenas apresentamos uma significativa redução da desigualdade de renda, mas ela se deu exatamente pela melhoria dos rendimentos dos mais pobres”, aponta o economista. Eis a lição do “primo pobre do sul” ao “primo rico do norte”: a de que “há um caminho alternativo de política econômica que beneficia a economia como um todo a partir do reconhecimento do papel importante desempenhado pelos estratos mais pobres”.
O Brasil conseguiu essa conquista, a despeito da crise econômica global
Apesar da crise mundial, frisa o economista, ao lembrar que a mesma crise que assolou os EUA e o mundo, também passou pelo Brasil. A diferença é que “o crédito aqui, mesmo alimentado pela poupança dos mais ricos, foi direcionado para sustentar e garantir a produção industrial interna, enquanto lá boa parte do crédito ao consumo não ficou no circuito de financiamento industrial do país já que foi direcionado aos compromissos das relações produtivas e comerciais internas com o mercado externo”.
Paliano destaca, ainda, que a ampliação “exuberante da demanda proporcionada pela melhoria de renda e inclusão de novos consumidores – um dos pilares da nova política econômica posta em prática nas administrações de Lula e Dilma, não é de maneira alguma reconhecida pela grande mídia, sequer mencionada pelos economistas da oposição.”
E conclui: “se os EUA não praticarem uma política econômica voltada também para atender e incluir os mais pobres, a desigualdade tenderá a subir e a produção industrial poderá estagnar, se não alçar voo de galinha, para ficar somente nos termos e argumentos de Krugman. Enfim, o capitalismo continuará o mesmo, tanto lá como aqui, porém menos seletivo, discriminatório e injusto”.
Cliquem aqui para ler a íntegra da análise de Peliano e aqui para conferir o artigo de Krugman.
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