quinta-feira, 14 de maio de 2015

Primeiro morador de rua sorteado pelo Minha Casa Minha Vida

Primeiro morador de rua sorteado pelo Minha Casa Minha Vida vai viver em Santa Cruz
Sebastião Luiz da Silva, de 39 anos, o Tiãozinho, viveu embaixo de marquise e em praça de Marechal Hermes durante 20 anos.
RIO — As duas bolsas de plástico hoje tão necessárias para guardar todos os pertences de Sebastião Luiz da Silva, de 39 anos, certamente vão parar no lixo quando ele se mudar, em breve, para a sua casa própria em Santa Cruz. Na rua há 20 anos, onde se reveza entre a marquise e uma praça em Marechal Hermes, Tiãozinho, como é conhecido, foi o primeiro morador de rua a ser sorteado no programa Minha Casa Minha Vida. A inscrição foi feita pela assistente social Patrícia Cristina Santana, do Centro Municipal Especializado em Atendimento à População de Rua (Centro Pop) José Saramago, da Secretaria municipal de Assistência Social. Até junho, ele passará a morar no Condomínio Mikonos, na Reta João Vinte e Três s/nº. Na manhã de sexta-feira, ele foi conhecer o apartamento em que vai morar.
Tiãozinho é um dos 15 moradores em situação de rua inscritos no programa do governo federal. Até ser sorteado, ele passou frio, fome. Ajudante em uma barraquinha no Centro, conta que deixou a mãe e os oito irmãos após uma briga. De lá pra cá, nunca mais viu a família.
A boa notícia chegou aos seus ouvidos no último dia 27 e, desde então, ele faz planos, que começaram a se concretizar na visita de sexta-feira ao apartamento de dois quartos, sala, cozinha e banheiro no condomínio de 25 prédios, com salão de festas, além de quadras, jardins, horta e parquinho. Questionado se não iria chorar de emoção, foi categórico:
— Chorar para quê? Estou muito feliz. Vou ter minha casa e poder assistir ao jogo do Flamengo no sofá. E vou tomar banho quente. Sou abençoado.
Patrícia Cristina e colegas da secretaria planejam fazer um chá de casa nova para Tiãozinho. Ela está recebendo doações pelo telefone do Centro Pop (2482-3747). O lugar é frequentado por Sebastião, que em 2010 foi inscrito no programa, por não ter vícios ou distúrbios. Ele recebe R$ 60 do Bolsa Família, dos quais vai retirar R$ 25 por mês pela casa. Além disso, ganha R$ 100 mensais como ajudante.
Atualmente, a secretaria discute com a prefeitura a reserva de 10% das casas do programa para os moradores de rua que passam pela ressocialização do Centro Pop.  Por Ana Claudia Costa - O Globo.
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