segunda-feira, 27 de julho de 2015

55% das empresas devem contratar no segundo semestre

A Michael Page, uma das maiores consultorias globais especializadas em recrutamento e seleção de executivos, produziu uma pesquisa sobre expectativas sobre o mercado de trabalho no segundo semestre de 2015, na visão de gestores de Recursos Humanos e colaboradores do copo executivo das empresas.
O estudo contou com 211 gestores de Recursos Humanos, divididos em gerentes (43%); gerentes executivos (31%); diretores (19%) e vice-presidentes (7%). Já os colaboradores se dividiram em analistas (28%); coordenadores (26%); gerentes (31%); diretores (14%) e vice-presidentes (2%). O objetivo foi identificar as diferenças e as expectativas compartilhadas entre esses públicos.
Gestores de RH
115 dos 210 gestores de RH, 55%, afirmaram que pretender contratar ao longo do segundo semestre do ano. Destes, 63% informaram que as contratações terão a finalidade de substituir profissionais que apresentam baixa performance. 62% do total, ou seja, 130 gestores afirmaram já ter promovido cortes em suas empresas.
Os gestores de RH afirmaram que entre os principais desafios para o segundo semestre estão o aumento de produtividade, a melhoria de processos e a expansão de Market Share. Entre os atributos mais utilizados pelos gestores para atração e talentos estão a reputação positiva da corporação, plano de carreira bem estruturado, capacidade de oferecer desafios, pacotes de benefícios diversificados e o potencial de crescimento da empresa.
Executivos
Analistas
Entre os profissionais em função de analista, 23% afirmam que o que mais atrai em uma empresa é oferecer um plano de carreira bem estruturado. Para 17%, por sua vez, pacote de benefícios diversificados são diferencias muito importantes. Para 16%, o mais importante em uma organização é a capacidade de oferecer desafios constantes, enquanto outros 16% valorizam a oferta de horários flexíveis. Por fim, 9% valorizam empresas que atuam por modelo de job rotation ou gestão de projetos.
Na avaliação de Ricardo Basaglia, diretor executivo do PageGroup, nesta fase da carreira questões como flexibilidade de horário e benefícios diversificados tornam-se muito importantes. “São profissionais que muitas vezes buscam flexibilidade pelo fato de ainda estarem buscando aperfeiçoamento acadêmico”, explica.
Coordenação
Já os profissionais que se encontram nessa fatia entre os entrevistados, um plano de carreira bem estruturado ainda é a maior vantagem que as empresas podem oferecer (23%). Para 18%, pacotes de benefícios diversificados é um diferencial importante, enquanto que para 15% o mais importante é oferecer desafios constantes. Apenas 12% buscam nessa fase da carreira maior flexibilidade no horário de trabalho. Para 11%, porém, a reputação corporativa da organização é o que mais importa.
“Com o amadurecimento do ´profissional notamos que a reputação da corporação passa a ganhar importância, o que ainda não aparecia entre os anseios dos profissionais em fase de analistas”, ressalta Basaglia.
Gestores
Entre os profissionais de gestão (média e alta gerência), os benefícios continuam sendo o mais importante (18%). Para 17% um plano de carreira bem estruturado é um grande diferencial, enquanto que a capacidade de oferecer desafios constantes é primordial para 16% dos entrevistados. 13% valorizam a reputação da companhia, enquanto que outros 13% a flexibilidade no horário de trabalho.
“Em tempos de recessão e ameaça de cortes, os benefícios passam a ter um papel muito importante e por isso são extremamente valorizados. Já que não se pode assegurar remunerações diferenciadas por meio de bônus agressivos, o profissional passa a valorizar instrumentos que tornam o seu dia a dia e impactam diretamente em sua qualidade de vida e também na qualidade de vida de sua família”, explica.
Expectativa por gênero
Plano de carreira bem estruturado
As expectativas de homens e mulheres sobre as empresas não são muito diferentes. Para 19% dos homens, o maior diferencial de uma empresa é oferecer um plano de carreira bem estruturado, enquanto que para 20% das mulheres, esse é a maior vantagem competitiva de uma empresa para atrair e reter talentos.
Benefícios
Para 17% este é o item de atratividade mais importante de uma companhia, enquanto que para 16% das mulheres os benefícios se configuram na ferramenta de retenção mais importante.
Desafios
Para 16% dos homens, a capacidade de oferecer desafios constantes é o que mais atrai em uma empresa. Para 15% das mulheres, por sua vez, esse é o maior diferencial.
Reputação Corporativa
Homens e mulheres praticamente não divergem neste ponto. Para 12% deles, a reputação da companhia é essencial e o item mais importante entre os atrativos da empresa. Entre as mulheres, esse percentual chega a 11%.
Horários Flexíveis
A flexibilidade no horário de trabalho é o atrativo mais importante para 12% dos homens. Já entre as mulheres, 16% delas consideram uma agenda flexível como diferencial mais importante para as empresas.
Aceitaria mudar de emprego em meio à crise?
Essa foi uma das questões levantadas pelo PageGroup neste estudo. Entre os 911 executivos entrevistados, 76% afirmaram buscar algum tipo de movimentação nos próximos 6 meses. Isso, porém, não significa que a mudança será efetivada.
Para 36% destes profissionais o perfil de gestão da empresa é crucial para a tomada de decisão neste momento, enquanto que para 33% o que mais importa é a performance da empresa diante do cenário de crise. Apenas 18% afirmaram mudar de emprego sem levar em conta essas considerações, influenciados por um pacote de salários e benefícios mais atraentes.
Entre os que não pretendem se movimentar neste momento, mais da metade (53%) não pretendem ficar mais do que 5 anos na mesma companhia.
“O estudo constatou que o receio ao período de instabilidade econômica é o principal motivo para a não movimentação de executivos neste segundo semestre”, informa Basaglia.
Apesar da crise, reter talentos ainda é desafio
O estudo do PageGroup procurou avaliar entre os profissionais dispostos a se movimentar quais os atrativos que os fariam mudar de ideia. Para 15% destes executivos, a possibilidade de novos desafios profissionais seria determinante para permanência na empresa, enquanto que outros 15% afirmaram reconsiderar a mudança de emprego motivados por salários amis competitivos.
Para 14%, um ambiente de trabalho agradável é diferencial importante, enquanto que para 13%, maior flexibilidade nas horas de trabalho. Para 12%, um bom relacionamento entre os colegas já é suficiente para se repensar a mudança.
Entre os 211 profissionais de RH, 62% afirmaram que suas empresas não dispõem de programas de retenção de talentos.
RH em ação
Se o segundo semestre será um período marcado por cautela nas movimentações diante da crise, os profissionais de RH elegeram algumas ações como fundamentais para estimular a retenção e talentos e aumentar a satisfação dosa colaboradores que permanecerem nas empresas.
Para 35% dos gestores, a ampliação na grade de programas de treinamento e desenvolvimento é o segredo para superar esse período e motivar seus colaboradores. Já para 29%, o pulo do gato se dará na estruturação de projetos de mobilidade interna.
A busca de compensações sem custos, por meio de parcerias com outras empresas e serviços foi apontada como alternativa motivacional para 24% dos profissionais de RH. 12% afiram, porém, que estudam premiar profissionais de alta performance.
O que esperar da minha empresa?
Do lado dos colaboradores, as expectativas em relação aos empregadores, de certa forma, estão alinhadas às ações mencionadas pelos gestores de RH. 42% dos executivos esperam participar de mais treinamentos no segundo semestre de 2015, enquanto que 23% esperam por movimentações internas. Para 21% a melhor02 expectativa seria que as companhias valorizassem e cuidassem melhor do bem-estar dos seus colaboradores, enquanto que 15% almejam campanhas e premiações por performance. “Ninguém tem grandes expectativas em remuneração para este ano”, conclui.
(Redação - Agência IN)

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